O padre e deputado federal Luiz Couto (PT-PB), 64, se disse surpreso com a decisão do arcebispo dom Aldo Pagotto de suspendê-lo de suas funções como sacerdote por ter defendido, em entrevista a um site, o uso da camisinha, os homossexuais e o fim da obrigatoriedade do celibato.
Couto afirmou que “estranhou” o fato de a decisão da Igreja ter sido tomada sem que ele tivesse sido ouvido. A suspensão ocorreu na última quarta. Em nota, ele disse que, ao ser ordenado padre, jurou “obediência ao bispo”, mas afirmou que “obediência, no seu sentido teológico, envolve a capacidade de dialogar sem submissão”.
Afirmou ainda que tudo que declarou “já é debatido no seio da igreja” e que não pode se calar diante de “injustiça e violação de direitos humanos”. O padre disse que “ninguém pode ser alijado dos seus direitos por ser homossexual”.
Pagotto havia afirmado que não poderia permitir que o congressista celebrasse missas sem se retratar das afirmações “que contrariam diametralmente o magistério oficial da igreja”.
Fonte: Folha de São Paulo