O padre Luiz Gonzaga de Castro Azevedo, da Igreja dos Sagrados Corações, em Niterói, será convocado a prestar novo depoimento na 76ª DP (Centro) sobre a morte da psicóloga Viviane Castro Miranda, 24 anos.

Ela foi assassinada com um tiro na cabeça, na sacristia da igreja em 4 de abril. As novas investigações foram decididas pelo Ministério Público (MP).

A promotora Christiane Menescal requereu ainda à polícia as folhas de antecedentes criminais (FACs) do padre e do ex-namorado da vítima, Felipe Mota Natal, que chegou a ficar preso 59 dias sob suspeita de envolvimento no assassinato. Porém, ele não foi denunciado pelo MP como sendo o responsável pelo crime. “É preciso uma apuração séria já que não há testemunha visual do assassinato”, afirmou Ary Bergher, advogado do ex-namorado de Viviane.

O MP quer que sejam apuradas duas informações repassadas pelo Disque-Denúncia sobre possível envolvimento do padre no crime, além de contradições identificadas no depoimento dele. Uma delas seria a de que o padre, apesar de estar na igreja, disse não ter ouvido o tiro que matou a psicóloga.

Para a família de Viviane, as novas investigações representam uma reviravolta no caso. Segundo Vanderlei Miranda, pai da vítima, a decisão do MP pode impedir que o crime fique impune. “Há uma esperança que se encontre um culpado para a morte da minha filha”, desabafou Vanderlei. Para acompanhar de perto o trabalho da polícia, o pai pretende ir à 76ª DP esta semana.

Viviane prestava atendimento a pessoas carentes na igreja. O crime chocou moradores do local e fiéis. Logo depois de saber da morte da filha e desconfiado do ex-genro, o pai de Viviane acompanhado de policiais do 12º BPM (Niterói) e de policiais da 15ª Deac (Delegacia de Acervo Cartorário), deixou a igreja e foi até a casa do rapaz, no bairro de classe média Vital Brasil, onde ele foi detido.

Fonte: O Dia

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