O Papa Bento XVI afirmou hoje na audiência pública de quarta-feira que “nunca faltarão perseguições e paixões na vida da Igreja Católica”.
Para Bento XVI, “na vida da Igreja não faltarão nunca as paixões e as perseguições, mas o sangue dos cristãos se transformará em semente”.
O Papa pronunciou estas palavras lembrando a vida do primeiro mártir da Igreja Católica, São Estevão, a quem dedicou a catequese.
“A cruz é uma bênção para cada um de nós. Nas dificuldades, encontra-se a alegria de ser cristão”, acrescentou o Papa.
Da vida de São Estevão, o Pontífice lembrou sua determinação ao ter dito “não” ao templo e ao culto que se praticava. Bento XVI também recordou que, após sua morte, “aconteceu a perseguição local contra os discípulos de Jesus, a primeira na história da Igreja” Diante disso, o Pontífice explicou que “a perseguição dos cristãos se transforma em uma missão”, pois foi por causa de seu exílio que “o Evangelho chegou a Antioquia, onde pela primeira vez foi anunciado aos pagãos o som do nome de Cristo”.
O Papa lembrou que São Estevão era um de “sete diáconos”, aos quais os Apóstolos impuseram as mãos, indicando que a eles correspondia uma missão.
Citando as palavras de São Paulo, Bento XVI disse que “não se deve ter pressa em impor as mãos a alguns para não serem implicados no pecado do outro”.
Esta foi uma clara referência do Papa à Igreja para que seja prudente na ordenação e nomeação dos prelados, depois da polêmica surgida após a renúncia de Stanislaw Wielgus como arcebispo de Varsóvia devido à publicação de seu passado como colaborador da Polícia do regime comunista.
Bento XVI recebeu hoje duas camisas de futebol com seu nome escrito nas costas após a audiência. Uma delas foi dada por um grupo de sacerdotes que jogam na Seleção Internacional de Sacerdotes, formada por religiosos estrangeiros e italianos que promovem a difusão do futebol para ajudar os mais pobres.
Fonte: EFE