Bento XVI concedeu maiores poderes à Congregação para o Clero para que possa castigar, de maneira mais severa, os sacerdotes que não mantiverem o voto de castidade e viverem em concubinato, ou que se casarem em ato civil sem ter recebido antes a dispensa para passar ao estado laical.
Assim disse o arcebispo Mauro Piacenza, secretário da Congregação para o Clero, à “Rádio Vaticano”, afirmando que se trata de uma direção para ajudar os bispos a enfrentar “situações particulares” do clero, que contempla inclusive a redução do sacerdote ao estado laical como castigo.
“Infelizmente é preciso reconhecer que muitas vezes se verificam situações de indisciplina por parte do clero nas quais as tentativas de superá-las não dão resultado e se corre o risco de que a situação se prolongue excessivamente com grave escândalo dos fiéis e dano ao bem comum”, afirmou o prelado.
Piacenza afirmou que o papa concedeu a sua Congregação a faculdade de tratar os casos de abandono do estado clerical “in poenam”, ou seja, como castigo, dos clérigos que tenham se casado, embora apenas no civil, e que admoestados continuem “com a vida escandalosa e irregular”.
Fonte: EFE