O papa Bento XVI recebeu ontem o primeiro-ministro da Hungria, Gordon Bajnai, na primeira reunião entre um Pontífice e um chefe de Governo húngaro desde 2004.

Desde aquele ano, quando ainda era João Paulo II no Pontificado, as relações entre o governo do país e a Igreja ficaram estremecidas por causa do financiamento estatal de instituições católicas, como escolas e hospitais.

“Depois de lembrar [a forma] como os acordos bilaterais estipulados no último ano selaram o relacionamento recíproco, foram levantadas algumas questões sobre as relações entre a comunidade eclesiástica e a civil”, explica um comunicado da sala de imprensa do Vaticano.

A nota afirma ainda que, durante o encontro, “foi sublinhada a importância de prosseguir no caminho do diálogo através dos organismos competentes”.

Bento XVI e o primeiro-ministro húngaro também trocaram opiniões sobre temas da atualidade internacional, entre os quais a crise econômica vista sob a ótica da última encíclica papal, “Caritas in Veritate”.

Ainda entre os assuntos discutidos esteve a presidência da União Europeia (UE), que será assumida pela Hungria no primeiro semestre de 2011.

Depois do encontro, Bajnai agradeceu ao Vaticano e à Igreja Católica pela solidariedade e apoio moral durante a crise econômica, e definiu o atual relacionamento entre seu país e a instituição religiosa como “forte e equilibrado”, de acordo com informações da Rádio Nacional Húngara.

Na tradicional troca de presentes, o Papa deu ao primeiro-ministro uma caneta com a reprodução das colunas de Bernini, localizadas na Praça de São Pedro. Em troca, Bajnai entregou a Bento XVI um livro do ano 1.700. Acidentalmente, o Pontífice rasgou algumas das páginas.

Fonte: Ansa

Comentários