O papa Francisco realizou uma missa a céu aberto neste domingo (25), pela manhã, diante da igreja que marca o nascimento de Jesus Cristo.

Recebido por gritos de “viva o papa!” em espanhol, e pela saudação de “o pobre papa!” de uma peregrina brasileira, ele conduziu o ritual a partir das 11h30 (horário local).

O palco montado para sua missa tinha, ao fundo, a imagem de três papas visitando um menino Jesus enrolado em um pano tradicional palestino. Em discurso, ele lamentou o sofrimento das crianças no mundo e perguntou-se se “somos como Maria e José”, que cuidaram de Jesus, ou “como Herodes, que queria eliminá-lo”.

O presidente palestino Mahmoud Abbas assistiu à cerimônia com um boné oficial da visita do papa.

A passagem do pontífice pela Cisjordânia será curta, durando cerca de seis horas, mas carregada de simbolismos. O programa oficial apontava a visita ao “Estado da Palestina”, uma unidade política cuja existência Israel não reconhece.

Antes de ir à missa, ele rezou no muro que separa a Cisjordânia de Israel, em uma imagem que rapidamente ganhou a internet.

O papa seguiria após a missa para almoçar com famílias palestinas. Em seguida, iria a Jerusalém para a etapa final de sua viagem, que se encerra na segunda-feira (26).

“É uma emoção única”, dizia o pernambucano Severino Júnior, missionário católico em Jerusalém. Ele viajou a Belém para ver o pontífice.

“Não tive a oportunidade de ver o papa no Brasil, mas estou aqui na Terra Santa”, comemorava Jaderson Dantas, do Rio Grande do Norte, com bandeiras palestinas, do Vaticano e do Brasil.

A visita do papa Francisco é a quarta de um papa em Israel, e sua presença trouxe à tona debates como a situação da comunidade cristã em Israel e a relação entre judeus e cristãos. Mas seus discursos se concentraram, por enquanto, na guerra da Síria e na crise humanitária de seus refugiados.

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

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