O papa Bento XVI realizará em maio uma viagem à Terra Santa, que incluirá Jordânia, Israel e os territórios palestinos, apesar das dificuldades do processo de paz e dos problemas entre o Governo israelense e a Santa Sé, informou o jornal italiano “Il Foglio”.
O pontífice chegará à Jordânia em 8 de maio e ali permanecerá por três dias, segundo o periódico.
Embora o Vaticano não tenha tornado público o programa da viagem do papa, que seguirá os passos de João Paulo II, espera-se que o próprio Bento XVI o anuncie, provavelmente no Natal.
Entre 11 e 15 de maio, o líder religioso estará em Israel e nos territórios da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Em 11 de maio, Bento XVI viajará de Amã a Tel Aviv a bordo de um avião da Royal Jordanian Airlines.
Depois, visitará os líderes palestinos na capital administrativa da ANP em Ramala, acrescenta a fonte.
O programa prevê que o papa oficie três missas em três lugares emblemáticos da Terra Santa e ligados à vida de Jesus: Jerusalém, Nazaré e Belém.
Segundo o jornal, o pontífice não tem a intenção de visitar ou receber representantes do grupo palestino islâmico Hamas.
Em Jerusalém, Bento XVI irá ao Museu do Holocausto, onde está exposta uma placa de Pio XII, a quem os judeus acusam de passividade diante da perseguição sofrida por este povo por parte dos nazistas e que foi motivo de protesto por via diplomática do Vaticano.
O papa será recebido na residência do presidente de Israel, Shimon Peres, que, há cinco dias, se reuniu com uma delegação vaticana que prepara a viagem de Bento XVI.
O pontífice voltará à Itália a bordo de um avião da companhia israelense El Al em 15 de maio, horas antes do começo do “shabat”.
A viagem tem um particular significado espiritual pelas raízes cristãs e judaicas da Terra Santa e a regressão na qual se encontram os cristãos nos lugares onde nasceu, pregou e morreu Jesus.
Fonte: EFE