O papa Bento 16 manifestou nesta terça-feira sua “grande dor” e “solidariedade” com os milhares desabrigados do terremoto que devastou no dia 6 de abril a região italiana de Abruzzo, matou 294 pessoas e danificou mais de 10 mil edificações.

“Vim pessoalmente a esta terra bela e ferida, que está vivendo momentos de grande dor e precariedade, para expressar a vocês da maneira mais direta minha proximidade”, afirmou o papa sob chuva.

O mau tempo na Itália obrigou o papa a viajar de carro, e não de helicóptero, do Vaticano até Áquila, capital região, a 100 quilômetros de Roma. Em Onna, a cidade mais atingida da região, que perdeu 40 dos 300 habitantes, o papa ouviu os relatos dramáticos dos sobreviventes e saudou as autoridades e o padre da igreja local.

A primeira parada na capital foi na Basílica Santa Maria di Collemaggio, um dos templos mais atingidos pelo terremoto, onde estão guardados os restos mortais do papa Celestino 5º. Bento 16 entrou na basílica pela porta santa, acompanhado dos Bombeiros e da Defesa Civil.

Da basílica, o papa foi para a Casa do Estudante, no centro de Áquila, onde oito jovens morreram soterrados, e manterá um encontro com um grupo de estudantes.

“Acompanhei com apreensão desde o início as notícias sobre o terremoto e compartilho vosso desassossego e vossas lágrimas”, disse o pontífice. “Gostaria de abraçar cada um de vocês. A igreja inteira está com vocês, com seus sofrimentos pela perda de vossos seres queridos, e deseja ajudá-los a reconstruir as casas, as igrejas, as fábricas destruídas ou gravemente danificadas pelo terremoto”, afirmou Bento 16.

Ao se encontrar com as pessoas que vivem em um acampamento provisório manifestou a “admiração pela coragem, a dignidade e a fé” que demonstraram em momentos tão difíceis. Também pediu às instituições italianas e à iniciativa privada que ajudem para que “a região renasça”. Bento 16 concluiu a visita com uma oração especial pelos mortos.

Fonte: Folha Online

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