Mesmo com um número menor de participantes, a 13ª edição da Parada do Orgulho Gay, na Avenida Paulista,em São Paulo, foi marcada neste domingo por brigas, confusões, empurra-empurra, desmaios e dezenas de furtos.
Por causa disso, a Polícia Militar deve sugerir aos organizadores mudanças para o próximo ano.
Segundo o coronel Marcos Chaves, comandante do policiamento na região central, “o grande número de pessoas nos dá a impressão de que a Paulista está pequena para esse evento”, disse. Apesar disso, negou que vá sugerir uma transferência. “Isso não cabe a mim, mas à comissão organizadora.
Para tentar melhorar a segurança para as próximas edições, o coronel vai elaborar amanhã um relatório, solicitando a diminuição da área reservada embaixo do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Outra recomendação será prolongar as áreas restritas ao estacionamento de veículos para dois quarteirões além da avenida. Este ano, a proibição atingia um quarteirão antes do evento.
A principal confusão ocorreu às 14h30, na frente do Masp, quando o erro de um motorista de ambulância, que pegou a mão errada, causou tumulto. Para dar passagem à ambulância, as pessoas se deslocaram na direção do museu, se espremendo ao lado das barreiras metálicas que isolavam a área.
Até as 16 horas foram registradas 60 ocorrências médicas, a maior parte envolvendo jovens de 16 ou 17 anos, por consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Segundo a Guarda Civil Metropolitana, que montou operação especial com 350 homens para coibir a venda, o total de garrafas apreendidas lotou quatro caçambas.
Segundo os organizadores, mesmo sem um balanço fechado, também foi possível verificar aumento no número de brigas durante a Parada. A maior briga ocorreu também nas proximidades do Masp e envolveu cinco pessoas. Ao menos três foram esfaqueadas e encaminhadas para a Santa Casa.
No 4º DP, a maioria dos boletins de ocorrência registrados era de furtos de carteiras, celulares e câmeras digitais. Em todos os casos, o furto acontecia após empurra-empurra.
Fonte: JC online