Segundo o Datafolha, houve redução de 270 mil registrados no ano passado para 220 mil no número de participantes.

A 17.ª edição da Parada Gay de São Paulo foi marcada neste domingo por uma chuva insistente que afastou parte do público e muitos protestos contra o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP).

Segundo pesquisa Datafolha feita ontem, o número de participantes do evento caiu de 270 mil registrados no ano passado para 220 mil, uma redução de 18,5%.

Lacunas eram visíveis em diferentes pontos da avenida Paulista, onde a passeata começou por volta das 12h de ontem. “É uma pena, mas a chuva atrapalhou”, reconheceu o antropólogo Luiz Mott, do Grupo Gay da Bahia.

Sem dizer de que forma foi calculado o público, a organização estimou em 5 milhões o número de participantes.

O pastor Marco Feliciano foi alvo de piadas por parte do público. Como protesto às declarações do deputado, o enfermeiro Rogério Rocha, de 43 anos, carregava consigo a cartilha dos “defeitos humanos”. “O Feliciano fala muito dos direitos humanos e diz que nós, gays, somos os defeitos. Pois fiz uma sátira a ele”, afirmou.

O tom político começou antes mesmo do evento. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) desmentiu que é do prelado católico Opus Dei, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, classificou a gestão de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos como “tragédia grega” e o deputado Jean Willys (Psol-RJ) discursou contra o “fundamentalismo religioso”.

Não só os evangélicos foram alvo de protestos. A Igreja Católica também. O estilista José Roberto Fernandes, de 62 anos, fantasiou-se de papa. Não foi o único. Já seu companheiro, Marcos Oliveira, de 40, vestiu-se de São Francisco. Na Avenida Paulista, também era possível encontrar várias pessoas fantasiadas de freiras e padres.

[b]Fonte: Folha de São Paulo e Território Eldorado[/b]

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