Um novo grupo parlamentar islâmico anunciou a sua intenção de apresentar uma proposta de lei para impedir a construção de novas igrejas no país:”Stop às novas igrejas; sim à chariá!”

O chamado “Grupo da Justiça” – Al-Adala Bloc – anunciou a proposta de lei contra a construção de igrejas e outros lugares de culto não islâmicos no pequeno emirado. A proposta é da autoria do parlamentar Osama Al-Munawer, que num primeiro tempo manifestara a intenção de apresentar uma lei para a remoção de todas as igrejas do país. Posteriormente esclareceu que se limitava apenas à construção de novos templos, segundo refere a agência Fides.

Apoiada por outros parlamentares, a proposta é motivada pelo número excessivo “de igrejas em comparação com a minoria cristã do país”. Outro parlamentar islamita, Mohammad Hayef, comentou a notícia da recente autorização de construção de uma nova igreja em Jleeb Al-Shuyoukh, afirmando que a medida “é um erro do ministério dos Assuntos Islâmicos” e que “não passará inobservado”.

A proposta de lei contra a a construção de novas igrejas foi criticada pela sociedade civil. O advogado e parlamentar Nabeel Al Fadhel afirmou: “A constituição determina claramente a liberdade religiosa e o direito de todas as pessoas praticarem as próprias crenças religiosas”. O advogado recordou que os governantes do Kuwait sempre afirmaram a liberdade religiosa. A organização “Kuwait Human Rights Society” (KHRS) criticou “o comportamento irresponsável que espalha tensão e ódio entre os cidadãos” sublinhando que o Kuwait deve permanecer um país que tutela a segurança e a tolerância de todos os cidadãos e residentes.

O grupo parlamentar islamista Al-Adala Bloc, de recente constituição, pretende levar por diante uma alteração da constituição e introduzir leis para tornar a lei islâmica chariá a principal fonte de legislação de direito. O grupo afirma que pretende “preservar a identidade da sociedade e dos seus valores islâmicos, trabalhar segundo os princípios da igualdade, apresentar projetos de lei inspirados no Islão, combater a corrupção e reforçar a unidade nacional”.

[b]Fonte: Fátima Missionária[/b]

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