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Sem mulheres com placas entre os rounds nem álcool na plateia, o Ultimate Reborn Fight (URF) tem sido uma ferramenta usada pela Igreja Renascer em Cristo para atrair jovens à mensagem do Evangelho.
Boa parte dos jovens atletas passou pelas mãos de Roberto Pedroso, de 38 anos, o pastor Giraia, que está à frente do Reborn Team desde o começo dos torneios.
No octógono os atletas são todos profissionais, ainda que em início de carreira. Não é preciso treinar na igreja e nem ser ligado à Renascer para participar do evento. O pagamento costuma ser em ingressos para os próprios torneios, de acordo com o nível do atleta.
Em entrevista à BBC Brasil em junho, o apóstolo Estevam Hernandes Filho, fundador da Renascer, disse que a igreja abriu suas portas aos treinos para atrair mais jovens para o esporte.
Confira abaixo a entrevista para o site da revista Veja:
[b]Por que ensinar MMA aos fiéis?
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Deus tocou meu coração e me disse: através desse esporte, os jovens vão entrar na igreja e aprender o que Deus pode ser na vida deles. O MMA não é pecado, como muitos dizem, pelo fato de um bater no outro. Deus me falou isso.
[b]O que os fiéis pensam disso?
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Antes de o rock entrar na igreja, ele era do capeta. Nós tiramos o rock do capeta. Aleluia! Agora o rock é bênção. A maquiagem e o batom também eram do diabo, e a gente tomou dele. Agora é a vez do MMA. Há quem diga: “Isso não é coisa de Deus”. É coisa de Deus, sim.
[b]Como a luta é tratada internamente?
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São muitos codinomes: MMA gospel, igreja do MMA, igreja do ringue e igreja da porrada.
Quais as diferenças entre o MMA tradicional e o da “igreja da porrada”?
Não aceitamos cotovelada. Se for usada, ela vai machucar e até rasgar o rosto. Também não há mulheres com roupa curta, nem bebidas alcoólicas. A plateia não xinga. Nada de “Ei, juiz, vai t…”. O máximo é “Uh, vai morrer”. Sempre oramos no início das lutas, e um pastor ministra a Palavra. É onde entra Jesus.
[b]Como se financiam os torneios?
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Não passamos a cestinha com oferta. O público nos ajuda com ingressos de 20 a 30 reais.
[b]A Renascer passou pela condenação de seus líderes e pela saída de Kaká. Como enfrentou a turbulência?
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A gente tinha de viver isso. Foi um propósito. Seguimos firmes e fortes. Sobre o Kaká, não houve impacto. Ele é uma pessoa como qualquer outra. Só porque é jogador e estrela? Para! A gente não o via como um grande doador. Deus não precisa do dinheiro do Kaká.
[b]E quanto ao baque da prisão de Sônia e Estevam Hernandes, fundadores da igreja?
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(O casal foi condenado por entrar com dinheiro não declarado nos Estados Unidos, em 2007, e por evasão de divisas no Brasil, em 2009)? Aquilo foi um erro. Estavam em onze pessoas e, em vez de dividirem o dinheiro, apenas uma pessoa o carregava. Eles confessaram, porque lá a situação piora se não se faz isso. Agora passou. Eles estão em São Paulo, e muito bem.
[b]Fonte: Guia-me e Veja[/b]