Pastor de 47 anos, de uma igreja evangélica localizada na Vila Bandeirantes, em Campo Grande, está sendo acusado de molestar e abusar sexualmente de, pelo menos, nove meninos de 7 a 14 anos de idade.

Conforme a denúncia formalizada na DPCA (Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente), um menino de 14 anos de idade vinha sendo assediado pelo pastor há cerca de cinco meses. A mãe do menino desconfiou da amizade e dos presentes dados pelo religioso, como aparelho de telefone celular, roupas e dinheiro para pagar a mensalidade de uma academia.

Segundo um radialista de 27 anos, tio do adolescente, outras oito famílias teriam sido vítimas do pastor evangélico. As vítimas seriam do sexo masculino e estariam na faixa etária de 7 a 14 anos de idade. “Só descobrimos quando o caso estourou”, relatou ele, que é evangélico e freqüenta o templo conduzido pelo acusado desde novembro do ano passado.

Apaixonado

O sobrinho do radialista tem cartas com declarações de amor escritas pelo pastor. “Ele está apaixonado pelo meu sobrinho”, comentou.

Além dos presentes, o pastor passava na escola, uma instituição pública na Vila Jacy, para pegar o adolescente. Para levá-lo, ele mentiu para a direção do estabelecimento que era pai do adolescente.

O radialista contou que a vítima está muito abalada psicologicamente. As outras famílias ainda não formalizaram denúncia à Polícia Civil.

Artista

O pastor acusado de pedofilia é considerado uma pessoa maravilhosa pelos fiéis da igreja evangélica. “É uma pessoa nota mil”, afirmou o radialista, sobre as qualidades do líder evangélico, como carisma, boa oratória e articulação.

“É um artista. A gente nunca esperava isso dele, ficamos um pouco chateado. Foi traição”, avaliou o radialista. Após o escândalos, os membros da igreja vão realizar uma assembléia na próxima sexta-feira para avaliar a possibilidade de substituir o pastor ou expulsá-lo da agremiação.

Investigação

A delegada titular da DPCA, Márcia Regina da Mota Rodrigues, confirmou que a unidade está investigando o pastor. No entanto, apenas uma das nove famílias formalizou boletim de ocorrência.

No momento, a Polícia Civil está começando a ouvir os envolvidos, como as vítimas e, inclusive, o autor dos abusos. “Estamos coletando informações ainda”, destacou a delegada.

Fonte: Campo Grande News

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