Enquanto as autoridades uzbeques estão se preparando para a celebração do dia da Independência e do 220º aniversário da capital Tashkent no dia 1º de setembro, querem assegurar que tudo está em “perfeita ordem”.
A cidade está sendo “monitorada”, e todos os moradores de rua, sem-teto, e pessoas sem registro local serão removidos da capital. Centenas de policiais estão realizando uma “varredura” em busca de “elementos indesejados”, como parte de uma operação antiterrorista. Os familiares de prisioneiros políticos e grupos religiosos estão sob vigilância especial. Apesar de este controle nunca ser encerrado, ele aumenta significantemente antes de eventos importantes.
Possivelmente, como parte desta varredura pré-comemorações, a polícia invadiu a igreja protestante Donam em Tashkent durante o culto de domingo, alegando que era uma reunião religiosa “não autorizada”. Ameaçados pela polícia, os membros, incluindo mulheres grávidas, crianças, idosos e doentes, foram proibidos de deixar o templo durante várias horas.
Eles foram forçados a informar seus nomes e endereços, o que causou confusão e pânico. Algumas horas depois, o pastor da igreja, Vladimir Tyo, e muitos outros membros da igreja foram presos e muitos livros e vídeos cristãos foram confiscados. Apesar de os líderes terem apresentado toda a documentação necessária, provando que a igreja era registrada, os policiais simplesmente ignoraram o fato.
No dia seguinte, o tribunal condenou o pastor e outros três obreiros a 15 dias de detenção, além de ter os materiais confiscados.
Embora as invasões da polícia à igrejas sejam comuns no Uzbequistão, esse foi o primeiro caso de invasão a uma igreja registrada, durante o culto, assim como a prisão dos líderes – uma violação dos direitos humanos sem precedentes.
Fonte: Portas Abertas