O pastor José Olímpio (esquerda), da Assembleia de Deus de Alagoas, disse orar pela morte do ator Paulo Gustavo (direita).
O pastor José Olímpio (esquerda), da Assembleia de Deus de Alagoas, disse orar pela morte do ator Paulo Gustavo (direita).

Grupos e entidades LGBTQIA+ reagiram à declaração do pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus de Alagoas, que disse orar pela morte do ator Paulo Gustavo, internado há um mês, em estado grave com Covid-19.

“Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”, publicou o pastor em suas redes sociais nesta semana. Após a repercussão negativa do comentário, José Olímpio apagou a publicação.

O perfil do pastor no Instagram é fechado, mas o post foi reproduzido pelo site O Fuxico Gospel. No repost, seguidores se revoltaram. “Que Deus salve a vida do ator Paulo Gustavo”, escreveu um fiel. “Meu Deus, pastor. Se você reconhecesse a bíblia, não estaria falando isso”, disse outro. “O amor de Deus é incondicional. Eu oro para que a saúde dele seja restaurada”, comentou uma seguidora. “Creio que Deus pode fazer um milagre. Em tudo Deus tem um propósito”, escreveu mais uma. “Pastor? Pelo jeito nunca foi”, apontou outro seguidor.

Print do pastor José Olímpio (Foto: Reprodução / Instagram)
Print do comentário do pastor José Olímpio (Foto: Reprodução / Instagram)

O artista, de 42 anos, é homossexual e vive com o médico Thales Bretas, com quem tem dois bebês.

Em repúdio a postagem do pastor, o Grupo Gay de Alagoas (GGAL), emitiu uma nota falando sobre o caso. De acordo com o texto, as entidades LGBTQIA irão registrar um boletim de ocorrência na próxima terça-feira (20/4) contra o líder religioso.

O Ministérios Público também foi acionados para mover uma ação civil pública em desfavor do pastor.

Internado na UTI desde o começo de março, Paulo Gustavo enfrenta complicações da covid-19, está intubado e com pulmão artificial. Seu estado de saúde é considerado crítico.

Fonte: Congresso em Foco e Diário de Pernambuco

Comentários