Os membros da Watermark Community Church, uma megaigreja em Dallas, no Texas (EUA), foram surpreendidos no domingo, 25, com a renúncia do pastor sênior, Todd Wagner. Ele anunciou que estava deixando o cargo após ter confessado seu ‘pecado de orgulho’ em setembro do ano passado.
“Estamos totalmente convencidos de que hoje, no interesse de Cristo, para mim e para minha família, e para a Watermark nesta próxima fase, seria melhor se eu terminasse minha temporada servindo como ancião pastoral da Watermark Community Church”, disse Wagner em um comunicado.
O orgulho nada mais é que vaidade. “O sentido é o de a pessoa achar-se superior a todos, inquestionável, absoluta e cheia de si e muitas vezes não reconhece seus erros”, afirma pastor Lécio Dornas, da Igreja da Família, em Orlando, Flórida, nos EUA.
O orgulhoso se torna cego e não vê que vai cair na desgraça, porque se acha invencível (Provérbios 16:18). A Bíblia diz que Deus humilha os orgulhosos.
E foi justamente isso que aconteceu com o pastor Todd Wagner. Ele disse que chegou em um ponto do seu ministério que não ouvia mais ninguém, nem mesmo sua equipe de liderança, e por isso ele falhou, estando muitas vezes irritado e impaciente para ouvir as pessoas.
“Quando pensamos em liderança, o orgulho se manifesta em atitudes de prepotência, intransigência, intolerância, autosuficiência e vaidade. O líder passa a não ouvir sua equipe, menospresar seu pares e criticar exageradamente outros referenciais de liderança como autores, empreendedores, coaches etc”, explicou pastor Lécio.
O problema do ‘pecado de orgulho’, segundo o pastor Lécio é que a pessoa se isola de pessoas boas e atrai bajuladores e interesseiros.
“Aqueles que de fato podem ajudar e contribuir acabam desistindo, após diversas experiências ruins, sendo desrespeitados, humilhados e ignorados. Perto ficam aqueles que desejam tirar alguma vantagem e aprendem o caminho de alimentar o ego do líder enfermo”, disse.
Ano passado foi a primeira vez que Todd fez uma pausa do púlpito em 20 anos, para poder trabalhar seu orgulho, que segundo ele, se tornou um problema para sua equipe.
“Esta não é uma licença remunerada para que eu possa ler, escrever e relaxar como recompensa por 20 anos de serviço. Isso é um descanso temporário da função de ensinar e liderar e qualquer outra coisa que esteja no caminho de permitir que o Senhor me fortaleça, me restaure, e me leve a um arrependimento cada vez maior”, disse na época.
Para pastor Lécio Dornas, a atitude do pastor foi correta. Primeiro da humildade em reconhecer o erro, segundo que Deus foi honrado.
“Quando o pecado do orgulho se instala, o quanto antes se faz necessário um afastamento para tratamento e cura, evitando-se prejuízos e quedas irreversíveis na vida da igreja e na missão. Assim, quando um líder pastoral reconhece o pecado, se afasta da liderança e procura ajuda e tratamento, o reino ganha e Deus é honrado”, explicou.
Fonte: Comunhão