Craig Gross veio de um longo caminho escondendo revistas sujas quando adolescente, em Sacramento. Hoje o pastor de 30 anos está lutando contra a indústria pornográfica, que ele diz vitima tanto as crianças de 10 até idosos de 80 anos. “Pessoas querem cada vez mais obscenidades,” disse Gross na Central Península Church.
“Eu quero impedir as pessoas de descerem a rua da pornografia. Isso as está conduzindo para um beco sem saída”.
Ordenado pela East Side Christian Church em Fullerton, o pastor é um dos fundadores do XXXChurch.com, o auto-proclamado “Site pornô cristão número 1 na Internet”, que encoraja as pessoas presas na pornografia a largarem esse vício.
Em palestra vista por adultos e crianças, Gross avisa que a indústria pornô só provê uma fantasia, que algumas pessoas a confundem com a realidade.
“A pornografia tem vendido uma grande mentira”, ele disse. “Algumas pessoas assumem que é assim que o sexo deve ser. Isso não aproxima as pessoas, mas as afasta.”
Uma das espectadoras da palestra, Marie-Anne Poudret, recorda como era difícil pra ela encontrar material pornográfico quando jovem. “Eu tinha que procurar por coisas assim em livros de romances”, ela disse. Hoje, com 36 anos, mãe de 3 filhos, diz que é importante para os pais estarem atentos à dimensão dessa indústria e falar sobre isso com seus filhos.
“As crianças vão procurar por isso”, ela disse. “Nós humanos temos esse desejo sexual. Pornografia é um alimento rápido e satisfaz essa necessidade, mas não é um bom alimento.”
Com a ajuda de Gross e outros que acreditam que a casa de oração é o lugar perfeito para alcançar as pessoas debatendo esse assunto sensível, mais e mais congregações estão abordando a questão do sexo e pornografia. Conferências e programas educacionais discutem como a pornografia é sensacionalismo e não realidade.
“A sexualidade é um presente maravilhoso e nós não sabemos como protegê-lo,” disse o Pr. Charlie Brown. “Nossa sexualidade é algo que está perto de nossa alma. Tem muito a ver com nossa identidade, nossa história, nossos valores, e toca tantas áreas de nossa vida.”
Brown convidou Craig Gross a palestrar em sua igreja num “Domingo Pornô”, e acredita que isso será uma fonte para curar aqueles que permitiram que a pornografia entrasse em suas vidas.
“Não temos que andar envergonhados e com culpa”, disse Brown.
Rob McIlvoy, líder de um grupo de mocidade cristã, convidou Gross a palestrar porque ele reconheceu como a pornografia é penetrante e poderosa para adultos, crianças e até mesmo alguns pastores.
” É um assunto sobre o qual a igreja deveria estar falando, que não deveria estar se intimidando,” disse McIlvoy, de 44 anos. “Eu quero que a minha fé seja real. Quero que Deus esteja envolvido em todas as situações do meu dia-dia, as boas e as más.”
Gross disse que levou 2 anos e meio para propagar essa “mensagem” para congregações do país.
Ele, junto com seu amigo e pastor Mike Foster, lançaram o site XXXChurch.com há quatro anos numa Exposição de Vídeos Adultos, em Las Vegas. Iniciaram o trabalho porque perceberam que o tópico estava fora dos limites da igreja e queriam proporcionar às pessoas uma saída segura para chutar fora o hábito.
Nas exposições, Gross distribuía um material chamado “Jesus ama as estrelas pornôs”, composto de um Novo Testamento na linguagem de hoje.
“Jesus obviamente não está na pornografia, mas ele ama as estrelas pornôs, assim como ama os pastores”, ele disse.
Segundo Gross, os tentáculos da pornografia estão cada vez maiores e agressivos. Craig disse que a pornografia também se encontra nas redes de relacionamentos e pode ser baixada para iPods e telefones.
De acordo com Gross, 76% dos pais não sabem o que seus filhos fazem online e 1/3 das pessoas que vêem pornografia online são mulheres. Disse que $13 bilhões são os gastos com revistas e filmes, e $57 bilhões os gastos mundiais.
Gross, pai de 2 crianças, fica frustrado com o grande número de congregações que estão indispostas a falar sobre os efeitos da pornografia.
“A igreja está lenta”, disse. “Mas sabemos que a Bíblia é algo melhor que a pornografia.”
Fonte: Inside Bay Area (Traduzido por O Verbo)