Uma organização evangélica elaborou um manifesto para apoiar as investigações da Operação Impacto. O documento, assinado pela Ordem dos Pastores Evangélicos de Natal (Open), não tem o intuito ‘‘nem de proteger, nem de condenar’’ nenhum dos vereadores evangélicos que estão sendo investigados pelo Ministério Público e pela Polícia Civil.
Porém, a Open deixa claro que a derrubada dos vetos do prefeito Carlos Eduardo Alves ao Plano Diretor de Natal (PDN) é contra o desenvolvimento sustentável e o interesse público. A Open conta hoje com 60 pastores filiados.
O presidente da Open, pastor Pedro Neto, enfatizou que os vereadores suspeitos, ‘‘evangélicos ou não’’, devem ser investigados e os prováveis culpados, devem ser punidos. ‘‘Não queremos que o manifesto seja visto, nem como uma forma de proteger os evangélicos e nem como uma censura pública’’, diz o pastor.
Sobre o argumento de alguns vereadores evangélicos de que votar por um maior adensamento na Zona Norte era ser ‘‘favorável a Natal’’, o pastor Neto discorda e diz que ‘‘a Open é contra tudo o que for prejudicial à vida. Como a emenda sobre a Zona Norte causa impacto no saneamento da cidade, ela é contrária à vida’’.
No manifesto, está escrito que ‘‘o princípio da autoridade foi estabelecido por Deus e nesse sentido o povo de Deus prestigia, respeita e se submete às autoridades constituídas’’. O texto segue ‘‘(…) a autoridade política é legitimada à medida que cumpre o seu papel de promover o bem público e a justiça.
Para a Open, alguns vereadores foram contrários à saúde da cidade porque ignoraram os limites necessários a um ‘‘crescimento que preserve o ambiente social – vias de acesso e transporte, espaços públicos e equipamentos comunitários, drenagem e absorção de águas, saneamento – e isso, aparentemente, para atender a interesses particulares em detrimento do interesso público’’.
A conclusão do manifesto repudia ‘‘toda e qualquer manobra que enfraqueça as instituições democráticas’’ e ‘‘qualquer prática de corrupção política por entender que ela lesa o interesse público em benefício do privado’’.
Fonte: Diário de Natal