pastores protestam contra fechamento de igrejas na cidade de Cajazeiras, no sertão da Paraíba.
pastores protestam contra fechamento de igrejas na cidade de Cajazeiras, no sertão da Paraíba.

Representantes de igrejas evangélicas realizaram um protesto nesta terça-feira (02), na cidade de Cajazeiras, no sertão paraibano, contra o fechamento dos templos religiosos.

Pastores e fieis foram para a frente da prefeitura da cidade e também foram para a Câmara Municipal, mas não foram recebidos por nenhuma das instituições.

No decreto do Governo da Paraíba e da Prefeitura de Cajazeiras determinam que igrejas promovam as celebrações apenas de forma online, ou pela TV ou rádio. O intuito é de evitar aglomerações e assim diminuir a propagação da Covid-19.

Em entrevista para uma TV local, o pastor Genildo Pereira disse que para ele era necessário conversar e ter um acordo, pois a igreja precisa estar aberta como outros departamentos e o comércio.

“Assim como alguns estabelecimentos, a igreja se torna também essencial, mesmo que alguém não veja com bons olhos, mas nós somos essenciais, pois trabalhamos da forma espiritual”, explicou.

Genildo também lamentou que não se tenha um representante na Câmara para que possam ouvir o apelo. “Infelizmente não conseguimos êxito, na prefeitura nos informaram que o prefeito não estava e na Câmara ainda falamos com o presidente por telefone, mas ele não pode nos atender. Não existe uma representatividade para nós”, disse.

Sobre o decreto, o pastor afirmou que os gostaria de ouvir das autoridades o motivo de as igrejas estarem fechadas, já que estavam cumprindo os protocolos.

“O decreto deixa bares, restaurantes e outros comércios abertos, em porcentagem pequena, mas a igreja deixa fechada, não estamos entendendo, queremos propagar o evangelho. Muitos dizem orar em casa é a mesma coisa, não é, pois quando você se junta a um grupo de pessoas você tem a força de alguém”, frisou.

Ainda de acordo com Genildo Pereira com os templos fechados não é possível pagar os custos da igreja.

“O trabalho do pastor é pregar a palavra, com a igreja fechada não temos condições de manter a prestação, a água e a energia, se for possível faremos os culto durante o dia, mas uma horinha de culto, não vamos causar a disseminação do vírus”, afirmou.

Fonte: Diário do Sertão

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