Cúpula da Rocha, na Cidade Velha de Jerusalém, e a bandeira de Israel (Fotos: Canva Pro - Montagem/FolhaGospel)
Cúpula da Rocha, na Cidade Velha de Jerusalém, e a bandeira de Israel (Fotos: Canva Pro - Montagem/FolhaGospel)

A pressão da guerra com o grupo extremista Hamas aflige cristãos há pouco mais de dez meses em Israel. Mas além do conflito, os casos de assédios e agressões cresceram nos últimos meses e até mesmo o presidente de Israel se pronunciou contra os atos de violência de grupos judeus ultraortodoxos no país, que voltou à Lista de Países em Observação (LPO) em 2024.

O crescimento de igrejas cristãs, que correspondiam a 90 congregações no passado e hoje são 300, é resultado principalmente da chegada de imigrantes ao país. “Muitas congregações são pequenas, algumas são igrejas domésticas. Mas outras são maiores, com até 300 membros”, conta Ruth (pseudônimo), uma cristã em Israel.

“No ano passado, estava em um culto quando um grupo de judeus ultraortodoxos entrou, perturbou o encontro e depois me agrediu”, conta a cristã. O medo de novos ataques é reflexo da insegurança aos cristãos na região, conhecida como Terra Santa.

Relatório de ataques

“Comparado a 20 anos atrás, a vida para os cristãos em Israel está mais difícil. As novas regras do governo de Netanyahu contribuíram para esse cenário. Quando o governo começou, houve um efeito imediato sobre os cristãos locais”, afirma Ruth. “Nos últimos meses, é visível um fenômeno sério entre congregações cristãs na Terra Santa. Nossos irmãos e irmãs na fé são atacados nos locais de oração, cemitérios e até nas ruas”, segundo depoimento de cristãos no website AI Monitor.

Para conseguir os documentos de cidadania atualmente, além de comprovar os ancestrais, é preciso provar relação direta com o judaísmo, em alguns casos, o documento só é liberado após o envio da carta de um rabino ortodoxo. Uma anciã casada com um estrangeiro teve o marido deportado porque as autoridades descobriram que ela seguia a Jesus. Nem mesmo o fato de terem filhos em Israel impediu a deportação e o casal ficou separado por cinco anos.

Os principais alvos de humilhações públicas e assédios são os líderes cristãos, que facilmente são reconhecidos pelo uso da cruz. “Israel não é uma utopia. Nem tudo é bom em meu país. Mas aqui há democracia e respeito às leis. Por isso, muitos casos de discriminação foram levados à Corte com decisão favorável aos cristãos”, conclui Ruth.

O Centro Rossing publicou um relatório que listou os últimos incidentes: 30 casos de humilhação pública, sete de assédio, quatro de perturbação a cultos, sete ataques violentos, em que muitas pessoas foram feridas, depredação de um cemitério e de duas propriedades cristãs (um restaurante e uma casa) e 32 igrejas atacadas. Contamos com suas orações pelos cristãos perseguidos em Israel e nos Territórios Palestinos.

Fonte: Portas Abertas

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