No dia 19 de dezembro, três cristãos foram presos em Chlef, a 200km da capital, Argel. De acordo com o grupo cristão de advocacia Middle East Concern (MEC), os cristãos são da cidade de Tizi Ouzou, mas estavam visitando Chlef, onde iam encontrar um contato em uma lanchonete.
A polícia entrou na lanchonete e, encontrando-os com literatura cristã, os levou para a delegacia, onde foram interrogados. Eles foram liberados, mas podem ser acusados de proselitismo – ação ou empenho de tentar converter uma ou várias pessoas em prol de determinada causa, doutrina, ideologia ou religião –, diz o MEC.
Na mesma semana, duas igrejas da província de Bugia, na região da Cabília, receberam a visita de um comitê formado por oficiais do ministério de assuntos religiosos, dos bombeiros, da guarda nacional e do departamento de inteligência.
Segundo o MEC, eles alegaram que a visita era para checar se estavam seguindo as normas de segurança. Os dois prédios recebem reuniões de oito congregações da região. O resultado da inspeção está em aberto.
De acordo com o MEC, na província de Ouargla, no sul do país, uma igreja que existe há dez anos recebeu ordem do governador para parar todas as atividades religiosas, depois de uma inspeção no prédio no dia 14 de dezembro.
Os líderes foram acusados de não ter autorização para usar o prédio como um lugar de adoração e de não cumprirem os requerimentos de segurança. Eles foram avisados para buscar uma permissão no ministério de assuntos religiosos e que as atividades religiosas só poderiam ser retomadas três meses após a obtenção da licença.
Em novembro, uma igreja e uma livraria de um cristão foram fechadas em Aïn Turk, perto de Orã. Segundo o MEC, o centro de treinamento de uma igreja também na região da Cabília, foi visitado pela polícia e, desde então, parou suas atividades. Os líderes devem ser investigados no mês que vem.
Todas a igrejas afetadas são afiliadas à Igreja Protestante da Argélia, órgão reconhecido oficialmente em 1974. O órgão questiona os motivos por trás das inspeções e acredita que as acusações são infundadas, afirma o MEC. Segundo o grupo de advocacia, tais pressões podem ser um sinal de “uma campanha coordenada pelas autoridades governamentais para intensificar ações contra as igrejas”.
Fonte: Missão Portas Abertas