O Brasil ocupa o 30º lugar em um ranking de felicidade publicado pela Fundação Nacional da Ciência, uma organização ligada ao governo dos Estados Unidos.

Segundo a pesquisa anual World Values Survey, que envolveu 350 mil pessoas em 97 países e territórios, a Dinamarca é o país mais feliz do mundo, seguido, respectivamente, de Porto Rico (território associado aos Estados Unidos no Caribe) e Colômbia.

No outro extremo, Rússia e Iraque ficaram entre os dez menos felizes e o Zimbábue – palco de recentes distúrbios políticos – ficou em último lugar.

No estudo, pesquisadores perguntaram a cidadãos questões simples sobre sua felicidade e grau de satisfação com a vida.

Prosperidade financeira

O estudo foi liderado pelo cientista político Ronald Inglehart, da Universidade de Michigan. Segundo o especialista, ao contrário de outros estudos, com ênfase em fatores econômicos, sua pesquisa revelou que prosperidade financeira não é a única razão para a felicidade.

Um sinal disso seria o fato de o país mais rico do mundo, os Estados Unidos, ocupar o 16º lugar na lista.

“Nosso estudo indica que a prosperidade está vinculada à felicidade. Ela contribui”, disse. “Mas não é o fator mais importante.”

“Liberdade pessoal é ainda mais importante, e liberdade de várias formas. Liberdade política, como na democracia, e liberdade de escolha.”

Todos os países nas posições inferiores da lista enfrentam o problema da pobreza ou têm governos autoritários.

O Zimbábue, por exemplo, sofre com a hiperinflação e, recentemente, passou por um processo eleitoral marcado por violência.

Mundo Mais Feliz

Algumas pesquisas anteriores sugerem que níveis de felicidade são estáveis e não podem ser melhorados de maneira duradoura. Outras indicam até mesmo que a felicidade pode ser determinada geneticamente.

Mas os autores da World Values Survey afirmam que os níveis de felicidade tanto de indivíduos como de sociedades inteiras podem mudar.

De acordo com o estudo, que vem sendo feito desde 1981, de maneira geral, o mundo está ficando mais feliz.

Inglehart disse que a igualdade entre os sexos é um outro indicador de felicidade, assim como tolerância étnica e social. E, segundo o especialista, tem havido uma melhoria dramática nesses indicadores nos últimos anos.

Fonte: BBC Brasil

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