A pesquisa “Índice da Paz”, publicada mensalmente no jornal Haaretz, revela que 77% dos judeus israelenses vêem o primeiro-ministro Ehud Olmert e seu governo como incapazes de assinar um acordo de paz com os palestinos em nome de Israel.

A nova pesquisa tem o título de “Sem grandes esperanças para Annapolis”, em referência à conferência marcada pelos Estados Unidos para que israelenses e palestinos possam fazer uma declaração conjunta sobre a criação de um estado palestino.

Dos entrevistados pelo Haaretz, 62% consideram que a questão palestina é a mais urgente na agenda do governo, e 65% afirmam que, do ponto de vista de Israel, a questão não pode continuar da forma como está.

A pesquisa mostra que apenas 39% dos judeus – que, por sua vez, representam 80% da população de Israel, de um total de sete milhões de habitantes – acreditam que a conferência permitirá às duas partes envolvidas esclarecer suas diferenças.

Quanto às questões mais complicadas do conflito palestino-israelense, a maioria dos entrevistados é contrária a grandes concessões por parte do estado judeu. Cerca de 59% rejeitam a transferência de bairros árabes de Jerusalém aos palestinos para que possam servir de capital de um futuro estado soberano em troca de um acordo de paz. Por outro lado, 33% apóiam a medida.

A pesquisa revela ainda que 87% dos judeus israelenses asseguram não estarem preparados para o retorno de pelo menos um refugiado palestino a Israel, enquanto 6% aceitam a volta de até 100 mil e 3% estariam dispostos a aceitar qualquer número que ficasse decidido.

Sobre o papel que os EUA terão de desempenhar em Annapolis, 41% acreditam que o país deveria atuar como árbitro ou mediador em caso de dificuldades entre as partes quanto ao estabelecimento de um compromisso, contra 52% que se opõem à idéia.

Fonte: EFE

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