Bandeira do arco-íris, símbolo dos gays
Bandeira do arco-íris, símbolo dos gays

Aproximadamente quatro em cada dez americanos LGBT se identificam como religiosos, praticamente igualando a porcentagem dos que se identificam como cristãos, de acordo com uma nova pesquisa.

Realizada entre 24 de maio e 1º de junho pelo BuzzFeed News e Whitman Insight Strategies com 880 LGBT, cujos resultados foram divulgados na semana passada, a pesquisa revelou que 39% dos entrevistados não tinham nenhuma religião.

Em comparação, 41 por cento foram identificados como católicos ou protestantes, 8 por cento foram identificados como “outros” religiosos, 4 por cento foram identificados como judeus, 3 por cento foram identificados como budistas e 1 por cento foram identificados como muçulmanos.

Marilyn Paarlberg, diretora executiva da organização LGBT Room for All, disse à Newsweek em uma entrevista publicada no domingo que ficou surpresa com o fato de que uma pluralidade de entrevistados se identificou com uma religião.

“Isso é muito surpreendente para mim, porque na minha experiência de trabalho com a comunidade LGBTQ na igreja é que muitos deles foram embora há muito tempo ou foram exilados”, disse Paarlberg.

As descobertas do BuzzFeed e do WIS ecoam uma pesquisa de 2013 da Social & Demographic Trends do Pew Research Center, que descobriu que a taxa daqueles sem religião da comunidade LGBT é o dobro da população geral.

Com base em uma pesquisa com 1.197 indivíduos LGBT com mais de 18 anos, realizada em abril de 2013, a Pew descobriu que 48% dos americanos LGBT se consideravam sem religião, em comparação com 20% do público em geral.

“Lésbicas, gays, bissexuais e adultos transgêneros são, no geral, menos religiosos do que o público em geral”, afirmou Pew em um comunicado de imprensa de 2013.

“Os adultos LGBT que têm uma religião geralmente frequentam menos os cultos e atribuem menos importância à religião em suas vidas do que os adultos do público em geral que têm uma religião.”

Christopher Yuan, autor de Out of a Far Country: A Gay Son’s Journey to God, A Broken Mother’s Search for Hope [Em Um País Distante: A Jornada de um FIlho Gay até Deus e a Procura de Uma Mãe Entristecida Por Esperança], disse ao The Christian Post em uma entrevista em 2013 que ele achava que o estudo do Pew era preciso e refletia coisas que ele ouvia de outras pessoas da comunidade LGBT.

“Alguns eram filhos de pastores e alguns até frequentavam uma faculdade ou universidade evangélica e conservadora. No geral, suas experiências foram negativas”, disse Yuan ao PC na época.

“Alguns de meus amigos foram convidados a deixar a igreja depois de simplesmente admitir que vivenciaram atrações para o mesmo sexo, sem nunca buscar relacionamentos homossexuais”.

O BuzzFeed e o WIS também descobriram que 31% dos entrevistados defendiam a legalização da poligamia, 59% dos entrevistados disseram que votaram em Hillary Clinton em 2016, enquanto 14% declararam votar em Donald Trump e 12% relataram serem discriminados no local de trabalho.

A margem de erro para a amostra completa é de 3,3 pontos percentuais.

Fonte: The Christian Post

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