Cômodos escuros, roupas e materiais de construção guardados em caixas de papelão. Esses são alguns dos elementos que estarão presentes na descrição do interior da casa 192 da Rua Elisa Gonçalves, no bairro Areia Branca, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense – local onde o jejum de pelo menos um mês quase provocou a morte de toda uma família.

Os detalhes estarão no laudo da perícia de local feito pela Polícia Civil, que só será concluído na próxima sexta-feira.

A maior surpresa para a polícia estava no segundo andar da casa. Deitada sobre uma das camas, os policiais encontraram o corpo de Cláudia Simião da Silva, de 35 anos, já em avançado estado de decomposição. Sua mãe, Lúcia Maria Simião da Silva, ainda viva, estava deitada próxima ao corpo. Sua irmã, Cátia, de 32 anos, e as sobrinhas Grazielle e Adriele – respectivamente de 11 e de 9 anos – haviam acabado de conseguir escapar da casa.

Fanatismo

A polícia guarda com grande expectativa o depoimento de Cátia. Os detetives acreditam que ela talvez seja a única pessoa envolvida no caso capaz de informar a qual igreja Cláudia pertence. O fanatismo religioso pode ter sido responsável pela tragédia familiar.

Investigadores da delegacia informaram que a mãe das duas meninas sobreviventes será ouvida na próxima segunda-feira. Os policiais querem saber porque ela e o ex-marido, Uendes Simião, deixaram as filhas aos cuidados das tias e da avó durante tanto tempo.

Fonte: Extra

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