Polícia Civil
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Por G1 DF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um ex-integrante de uma paróquia no Gama, no Distrito Federal, por suspeita de estupro contra pelo menos 12 jovens que frequentavam a igreja.

As vítimas são adolescentes – todos meninos acima de 14 anos – que procuraram a 20ª Delegacia de Polícia (Gama) para denunciar o suspeito. De acordo com as investigações, o homem atuava na igreja há 3 anos.

Em nota, a Arquidiocese de Brasília disse que os fatos estão sendo investigados pelas autoridades competentes. No comunicado, a entidade afirmou ainda que tem auxiliado nas apurações.

De acordo com a polícia, “o suspeito teria se aproveitado da condição de chefe do grupo, pregando a fé e o respeito que tinha dos meninos, e praticado os abusos sexuais”.

As denúncias começaram após uma transmissão na internet ligada à igreja, em que o suspeito aparecia. Uma pessoa que assistia fez um comentário acusando o homem de abuso sexual. A partir daí, religioso marcou uma reunião com os jovens da igreja para falar sobre o assunto.

De acordo com o delegado Renato Martins, durante o encontro, o padre responsável pela paróquia descobriu as denúncias de abusos e procurou a delegacia. A corporação afirma que os crimes não foram cometidos dentro do templo religioso.

“Ele marcava reuniões restritas com os meninos. Esses encontros aconteciam na casa de um deles, ou em chácaras, em retiros, e até mesmo fora do Gama. Após essas reuniões, ele procurava individualmente as vítimas, e aí teriam acontecido os abusos.”

O suspeito foi à delegacia acompanhado do advogado e preferiu ficar em silêncio. Segundo o delegado, ele não tem passagens pela polícia.

O investigador disse que aguarda os resultados de exames feitos pelas vítimas no Instituto de Medicina Legal (IML). Até esta quarta-feira (27), 20 pessoas haviam prestado depoimento.

Comunicado da Arquidiocese de Brasília

“A Arquidiocese de Brasília lamenta com grande pesar os fatos noticiados acerca da acusação de abusos […] contra integrantes da comunidade católica da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, no Gama.

Os fatos estão sendo investigados pelas autoridades competentes. A Paróquia Nossa Senhora da Aparecida e o seu pároco não têm qualquer relação com os crimes apontados e o acusado não tem relação jurídica com a paróquia. O próprio, pároco, uma vez tomando conhecimento da acusação, conduzido o [acusado] à 20ª Delegacia de Polícia do Gama.

Para contribuir com as autoridades na apuração de fatos de tamanha gravidade, o pároco já esteve na 20º Delegacia do Gama e apresentou todas as informações que tinha a seu alcance e que possam auxiliar o trabalho de investigação, assim como se colocou à inteira disposição para contribuir no que for necessário.

A Arquidiocese de Brasília esclarece não ter recebido denúncia a respeito dos fatos divulgados e espera a sua rigorosa apuração para a pronta realização da justiça.”

Fonte: G1-DF

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