A Polícia Civil prendeu no final da noite desta segunda-feira (30) um homem suspeito de ter matado a estagiária e estudante Karla Leal dos Reis, de 25 anos, morta com um tiro durante assalto na noite de domingo (29), na Zona Norte do Rio.

Segundo a delegada Juliana Rattes, o suspeito negou envolvimento no crime, porém, foi reconhecido pela mãe da vítima como autor do disparo que matou a jovem.

Com base no reconhecimento feito pela mãe de Karla, a Polícia Civil pediu a prisão temporária do suspeito.

O corpo de Karla leal foi sepultada por volta das 16h30 desta segunda-feira na presença de cerca de cem pessoas no Cemitério do Catumbi, no Centro do Rio. Ela morreu com um tiro na nuca quando voltava, acompanhada dos pais, de uma igreja evangélica.

Karla, que fazia faculdade de administração e se formaria no fim do ano, era filha única e havia completado 25 anos no último sábado (28).

A mãe, Lolete Fátima Leal dos Reis, estava emocionada e fez uma oração antes de sepultarem seu corpo. “Senhor, fico feliz que ela esteja nos seus braços, mas me dá um consolo. Que esse rapaz venha para a casa do senhor”, disse. “Eu não merecia uma filha tão maravilhosa, com uma passagem tão bonita pela vida”, completou.

Retrato falado

Também na tarde desta segunda, foi divulgado o retrato falado de um dos suspeitos de ter assaltado e matado Karla.

Karla e os pais foram abordados por três rapazes – um deles, armado – na Rua Dom Marcos Barbosa, na Cidade Nova, a cerca de 200 metros do prédio da prefeitura e próximo ao metrô do Estácio. Karla e os pais seguiam para casa, na Avenida Paulo de Frontin.

Religiosa e reservada

De acordo com o pastor Evanildo de Andrade, da igreja que ela frequentava, na Penha, subúrbio do Rio, Karla era uma pessoa muito religiosa e reservada. No domingo, havia assistido à primeira etapa do culto e saído por volta das 19h. O crime teria acontecido por volta das 20h.

De acordo com o relato dos pais da estudante, o delegado Rodolfo Waldeck, titular da 6ª. DP (Cidade Nova), disse que Karla teria pedido aos assaltantes que devolvessem sua Bíblia e o crachá – ela era estagiária da Caixa Econômica Federal (CEF). Um deles, que estava armado, teria devolvido a Bíblia para em seguida atirar, quando ela já se afastava do local.

Lugar escuro e sem segurança

A rua onde a família foi abordada pelos assaltantes, embora perto do prédio da prefeitura, é um lugar ermo, escuro e sem segurança.

O risco no local foi admitido pelo comandante do 1º. BPM (Estácio), tenente-coronel Sérgio Mendes. “É uma área mal iluminada, descampada, que favorece aos criminosos. Mas não há registros de crime hediondo. Os casos, ali, são, em geral, de pequenos

Fonte: G1

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