Um colaborador da Portas Abertas na África relata como foi a entrega de ajuda a pastores nigerianos afetados por atos terroristas do grupo islâmico Boko Haram.

“Todos nós consideramos um grande privilégio fazer parte da equipe. Nossa missão foi levar a ajuda recolhida por parceiros fiéis da Portas Abertas ao redor do mundo aos cristãos atingidos pelos atos do grupo extremista Boko Haram nos últimos meses. Enquanto distribuímos a ajuda, queremos encorajar os cristãos a permanecerem firmes, informamos-lhes sobre a fonte das doações e relembramos que a maior parte do Corpo de Cristo está preocupada com sua situação, intercedendo por eles dia e noite.

Nossa primeira parada foi em Yobe, ao nordeste do país, onde planejávamos entregar ajuda a alguns pastores que resolveram permanecer no lugar a despeito da constante hostilidade e insegurança que enfrentam. De lá, voltaríamos a Bauchi, onde planejávamos entregar ajuda a viúvas e passar a noite.

Não esperávamos um dia fácil. Tínhamos cerca de 800 km para viajar, então, começamos a jornada o mais cedo possível. Pedimos a Deus para ir à nossa frente e partimos.

Tínhamos coberto apenas 120 km, quando encontramos um comboio do exército nigeriano posicionando soldados em Yobe e Borno. Eles não nos deixariam passá-los, então, tivemos de acompanhar sua excruciante baixa velocidade. Homens da segurança fortemente armados pararam-nos e revistaram nosso veículo em cada ponto de controle espalhado pela estrada.

Devido à contínua insegurança na região, tínhamos pedido aos pastores para nos encontrar em uma área isolada. Quando finalmente chegamos no local, próximo às duas da tarde, os pastores estavam nos aguardando silenciosamente em um sol abrasador. Fomos recebidos calorosamente, mas notamos em seus rostos sinais de fadiga. Os meses de insegurança e preocupações sobre a segurança da família e dos membros da igreja tinham deixado suas marcas.

Enquanto entregávamos a ajuda, houve tempo para algumas formalidades e uma expressão oficial de gratidão: ‘É difícil expressarmos nossa gratidão por sua preocupação e cuidado, mesmo pondo em risco suas próprias vidas. Independente da ajuda que trouxeram, sua presença por si só faz uma grande diferença’.

Tivemos a oportunidade de encorajar os pastores em sua decisão de ficar, o que é importante para a preservação do testemunho cristão. Sobre isso, recebemos uma resposta encorajadora: ‘Confiamos em Deus e acreditamos que as orações dos santos ao redor do mundo irão nos sustentar. Confiamos no Senhor para nos dar proteção. Ele está nos ajudando e tem usado Portas Abertas para nos fortalecer. A nossa oração sincera é que Deus os fortaleça, e continuamos a orar por vocês enquanto vocês oram por nós’, disse um pastor. Enquanto partíamos, os pastores nos cumprimentavam com apertos de mão calorosos e sorrisos.

A equipe foi para Bauchi revitalizada. Ainda tínhamos um longo caminho a percorrer. Por favor, continue orando por nós, para que possamos encorajar as pessoas que encontrarmos, mesmo que passemos somente poucos minutos juntos”, conclui o colaborador da Portas Abertas.

O socorro emergencial a pastores vítimas da perseguição religiosa é uma das formas de a Portas Abertas servir a liderança da Igreja Perseguida. Para ajudar outros pastores como esses irmãos nigerianos, você pode contribuir e orar pelos projetos de campo da Portas Abertas. Clique aqui para saber mais.

[b]Fonte: Portas Abertas Internacional [/b]

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