“Precisamos voltar aos princípios da Reforma Protestante”. O alerta do pastor Hernandes Dias Lopes, volta a ressoar nesses dias de celebração da Reforma Protestante, que completa 501 anos neste dia 31 de outubro.
Em uma de suas pregações, o pastor leu o texto de Romanos 1.14-17 e fez uma contextualização histórica, destacando que “a Reforma do Século XVI foi o maior movimento espiritual depois do dia de Pentecostes”.
“A Igreja caminha no poder do Espírito Santo a partir de Atos 2, onde o Espírito Santo é derramado e cerca de 3.000 pessoas são convertidas e os apóstolos, cheios do Espírito Santo pregam, são usados para operar grandes sinais e maravilhas e a Igreja vai se multiplicando, rompendo suas fronteiras geográficas, étnicas, abrangendo os confins da terra”, lembrou.
“Mas com o crescimento da Igreja vem a perseguição. Até o ano 64 da era cristã, era uma perseguição de ciúme, de zelo dos judeus. Chega o ano 64 e isso muda. A perseguição não vem mais dos judeus, vem dos romanos”, acrescentou.
Igreja em Roma
Rev. Hernandes continuou sua contextualização, lembrando que o inevitável avanço do cristianismo fez com que o império de Roma legalizasse o cristianismo e posteriormente o adotasse como religião oficial e posteriormente, o bispo de Roma é declarado o bispo universal.
O pastor lembrou que apesar da Igreja conquistar grande influência política e social, acabou se esquecendo dos valores principais do Evangelho.
“A Igreja vai perdendo sua fidelidade às escrituras, perdendo seus princípios e a Igreja foi se paganizando. Foi ganhando grandeza política e poder econômico, mas se apequenando teológica e moralmente até que estava completamente desfigurada”, destacou.
O pastor lembrou que após séculos de domínio político da Igreja pela Europa, surgem os pré-reformadores e reformadores, cumprindo os propósitos de Deus para Evangelho.
“Deus estava preparando o momento oportuno para que um monge agustiniano, Martinho Lutero, que já tinha descoberto a beleza, a riqueza das Escrituras, mormente Romanos 1.17 (‘o justo viverá pela fé’) e convertido a esta verdade. [Lutero] não suporta os desvios tão gritantes daquela época. Exatamente no dia 31 de outubro de 1517, ele vai fixar nas portas da igreja de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses contra as indulgências, deflagrando assim o movimento da Reforma do Século XVI”, disse.
Apesar da revolução que a Reforma causou, Hernandes lembrou que estes mesmos princípios reformadores estão sendo novamente esquecidos.
“De lá para cá a Igreja se fortaleceu, a Reforma se espalhou, a Palavra de Deus alargou as suas fronteiras, conquistando corações, conquistando cidades, conquistando nações e Evangelho através da obra missionária se espalhou pelo mundo. Entretanto, hoje nós precisamos repensar nos 500 anos da Reforma, porque nós estamos precisamos voltar aos princípios da Reforma”, destacou.
“Se você parar para perceber, aqueles locais onde Paulo pregou o Evangelho estão sendo tomados, quase que por completo, pelo islamismo e a igreja cristã está sendo banida”, acrescentou.
E então, Hernandes afirmou que mais celebrar a Reforma Protestante, a igreja evangélica precisa agora assumir um compromisso missionário, também para ajudar a restabelecer o cristianismo nos países que um dia evangelizaram as terras brasileiras.
“Se você parar para perceber, onde a Reforma se estabeleceu na Europa, hoje se estabelece o secularismo e a igreja cristã está quase e praticamente morta”, disse. “Estou absolutamente seguro de que, ao celebrarmos a Reforma, precisamos não somente tomar a decisão de seguir o lema da Reforma (‘Igreja reformada, sempre reformando’) […], mas precisamos assumir um compromisso missionário. Daí a importância de estarmos unidos, meus irmãos. Unidos somos mais fortes e podemos ir mais longe”.
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Fonte: Guia-me