O prefeito de Jerusalém, Uri Lupolianski, afirmou nesta quarta-feira ao presidente americano, George W. Bush, que a cidade santa deve permanecer “unificada” sob soberania israelense.

“É muito importante preservar uma Jerusalém unificada”, declarou Lupolianski ao chefe da Casa Branca, segundo um comunicado emitido pela prefeitura.

Ele expressou preocupação com o fato de que as negociações sobre Jerusalém “não estão focalizadas unicamente em um ou outro bairro da periferia” construído por Israel após a ocupação dos territórios palestinos e da parte leste de Jerusalém em 1967, “mas também no perímetro dos lugares santos”.

O prefeito entregou a Bush a cópia de um mapa de 1581 representando o mundo como era na época, com Jerusalém em seu centro.

A questão de Jerusalém é uma das mais sensíveis do conflito entre Israel e os palestinos.

No dia 15 de outubro, durante um discurso no Parlamento, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, deu a entender que estaria disposto a abrir mão da soberania israelense sobre alguns bairros árabes da parte oriental de Jerusalém, o setor que os palestinos querem transformar na capital de seu futuro Estado.

Israel anexou a parte leste de Jerusalém depois da guerra árabe-israelense de junho de 1967. Em 30 de julho de 1980, uma “lei fundamental” votada pelo Parlamento proclamou Jerusalém “unificada e capital eterna de Israel”.

Neste contexto, dois israelenses, militantes de extrema-direita, foram detidos quando erguiam cartazes representando Bush, Olmert e o presidente de Israel, Shimon Peres, com turbantes palestinos.

Além disso, uma manifestação de militantes israelenses de extrema-esquerda acontecia nesta quarta-feira na frente do consulado americano em Jerusalém contra “a política de Bush no Oriente Médio e a colonização israelense”.

Cerca de 40 israelenses também se reuniram diante da Grande Sinagoga de Jerusalém para protestar contra “a libertação de prisioneiros palestinos e a instauração de um Estado terrorista no coração de Israel”.

Fonte: AFP

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