O premiê do Canadá, Justin Trudeau, visitou o papa Francisco nesta segunda-feira (29) e convidou o pontífice a visitar o país e pedir desculpas por violações cometidas contra populações indígenas em escolas administradas pela Igreja Católica no país no passado.
[img align=left width=300]http://bilder2.n-tv.de/img/incoming/origs19865657/493253777-w1280-h960/06f8c8227f78e50ba36dcb4a1ca5962b.jpg[/img]”Eu falei com ele sobre quão importante é para os canadenses avançar na reconciliação verdadeira com os povos indígenas e ressaltei que ele poderia ajudar ao pedir perdão”, afirmou Trudeau após reunir-se com o papa no Vaticano.
Desde o fim do século 19, cerca de 150 mil crianças indígenas –número que corresponde a 30% da população infantil dos povos originários– passaram pelas chamadas “escolas residenciais”, em uma campanha do governo para tentar apagar suas culturas tradicionais.
Por mais de um século, as escolas foram financiadas pelo governo, mas muitas eram administradas por agremiações cristãs, majoritariamente a Igreja Católica. Muitas crianças foram abusadas psicológica e fisicamente.
Em 2015, um relatório da Comissão da Verdade e Reconciliação do Canadá afirmou que, ao separar as crianças indígenas de suas famílias, as escolas promoviam “genocídio cultural” e que a Igreja tinha responsabilidade nesse processo.
De acordo com bispos canadenses, o papa deve visitar o país em 2018.
Na semana passada, o papa recebeu Donald Trump e pediu que o líder americano seja um “pacificador”. Em ocasiões anteriores, o pontífice havia criticado o republicano por sua postura belicosa.
[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]