Deputado federal, Sóstenes Cavalcante
Deputado federal, Sóstenes Cavalcante

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, promete ser oposição a Lula (PT), independentemente do rumo que o seu partido, o PL, tomará no futuro governo do petista. Cavalcante é um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) no meio evangélico e passou os últimos anos batendo firme em Lula, a quem chama de “Barrabás”.

Ele disse fará uma oposição pessoal contra o futuro presidente, mesmo que o PL de Valdemar Costa Neto e a própria bancada evangélica venham a cair nas graças de Lula. “O cenário ainda não está claro. Vamos saber nos próximos meses se teremos partido de oposição no país no novo governo. O Lula vai comprar o PL? Eu não sei. A bancada do PL e o Valdemar ainda não se reuniram. Eu serei oposição ao governo independentemente da posição que o PL vá tomar”, disse ele.

A bancada evangélica tem pouco mais de 100 parlamentares, a maioria mais identificada com Bolsonaro do que com Lula. Cavalcante reconheceu, contudo, que poderá haver lideranças religiosas da frente que queiram dialogar com o petista. Ele enquanto presidente do bloco não pode impedir esses movimentos, mas afirmou que qualquer reunião em nome do grupo com o Lula precisará ser deliberada e decidida pela maioria.

Cavalcante afirmou que não parabenizou Lula pela vitória e nem pretende fazê-lo. Nas suas redes, ele saudou os eleitores de Bolsonaro. “Se houver maioria na frente, podemos conversar institucionalmente, mas eu pessoalmente não sento com Lula”, disse.

O presidente da frente disse ainda que não acredita em tentativas de golpe ou ruptura institucional de qualquer natureza nos próximos dois meses até a posse do novo governo. Segundo ele, os caminhoneiros que bloqueiam estradas pelo país são representantes de um grupo minoritário que se frustrou pelo resultado das urnas e que em breve irá desmobilizar os protestos. Ele minimizou ainda o silêncio de Bolsonaro, que não falou ao país desde a sua derrota neste domingo.

“Não acredito em ruptura institucional daqui até janeiro. Não falei com o presidente ainda, mas como o feriado é amanhã, já havia essa previsão dele enforcar a segunda, mesmo se o resultado fosse outro. Na quarta, ele volta ao trabalho normalmente”, disse.

Fonte: Veja.com

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