O professor de filosofia francês Robert Redeker, ameaçado de morte por ter criticado com dureza o Islã e em particular o profeta Maomé, anunciou que se retira do ensino para se dedicar à pesquisa científica.
Redeker, de 52 anos, que vive escondido e protegido pela Polícia há quatro meses, disse que aceitou uma proposta do Ministério da Educação para integrar a equipe do Centro Nacional da Pesquisa Científica (CNRS).
Em declarações à rádio “France Info”, o professor disse que foi “honesto” ao escrever o polêmico artigo publicado na edição de 19 de setembro do jornal francês “Le Figaro”, intitulado “Frente às intimidações islâmicas, o que deve fazer o mundo livre?”.
Redeker afirmou hoje que no artigo refletia a “realidade” da “face sombria do Corão”.
Desde a publicação do artigo, no qual criticava a o que considera a “violência” do Corão, o professor, de um instituto dos arredores de Toulouse (sul da França), não voltou a lecionar e está protegido por agentes antiterroristas e do serviço de contra-espionagem.
Um dia depois da publicação, começaram as ameaças de morte a Redeker em um site considerado próximo à rede terrorista Al Qaeda.
Na página, apareciam fotos do professor, seu endereço, o do instituto no qual lecionava, seu e-mail, seu número de telefone e um mapa de Toulouse.
Apesar das dificuldades que teve que enfrentar, Redeker afirmou hoje que seguirá “pelo mesmo caminho de reflexão” em seus próximos trabalhos.
O suposto autor das ameaças, um fundamentalista islâmico marroquino, foi detido em 19 de dezembro no Marrocos.
Fonte: EFE