Um professor de ciências de uma escola dos Estados Unidos foi demitido por usar princípios cristãos em suas aulas. O caso começou com uma suspensão em 2008 e uma definitiva demissão em 2011.
O professor John Freshwater mantinha uma Bíblia em sua mesa e se recusou a retirá-la. Entre as acusações, ele também usaria uma ferramenta com a imagem de uma cruz para queimar os braços dos alunos. Entretanto, seus advogados alegam que seu desligamento é inconstitucional.
“Ele não se envolveu em proselitismo religioso, ele discutiu uma teoria científica que passa a ser consistente com os ensinamentos de várias religiões mundiais”, afirmou Hamilton, um dos advogados do professor.
Nesta quarta-feira, o professor teve sua chance de rebater a questão diante da Corte Suprema de Ohio. Seus advogados alegam que sua demissão infringiu seus direitos na Primeira e Décima Quarta Emenda de liberdade de expressão e religiosa.
“O Instituto Rutherford vai defender o direito à liberdade acadêmica de um professor de ciências demitido por incentivar os alunos a pensar criticamente sobre o currículo de ciência da escola, particularmente no que se refere às teorias de evolução”, disse o Instituto Rutherford, grupo que defende a liberdade civil, em um comunicado divulgado ao The Christian Post na terça-feira.
De acordo com a declaração do Instituto, o professor foi demitido em janeiro de 2011. John foi acusado de ensinar princípios bíblicos quando o tema das aulas era a criação e a evolução do homem ou homossexualidade.
A direção da escola Mount Vernon Middle School também acusou o ex-professor de distribuir folhetos aos alunos com o objetivo de que passem a duvidar da ciência. A escola está localizada em Mount Vernon, no estado de Ohio nos Estados Unidos. O advogado David Smith, representante da escola, acusou John de ter violado a separação constitucional entre Estado e Igreja e que a sua demissão é justa.
“Não há liberdade acadêmica do professor para fazer isso. Este não é um caso sobre o cânhamo industrial. Este não é um caso sobre a guerra do Iraque. Pontos de vista sociológico e político são algo completamente diferente”, argumenta o advogado da escola, Smith.
A direção da escola também afirmou que em 1994, o professor distribui um panfleto intitulado “Answers in Genesis”, Respostas em Gênesis, em português. Era um informativo sobre um seminário com o tema do criacionismo.
Grupos seculares e de educação científica e humanista apoiam a decisão do corpo docente.
O Instituto Virgínia Rutherford está defendendo o caso do professor, que recorreu de decisão do tribunal estadual. De acordo com o Instituto Rutherford, essa decisão foi tomada sem uma análise das reivindicações constitucionais. O apelo foi feito ao Supremo Tribunal Ohio examinar tema.
[b]Fonte: The Christian Post[/b]