O professor de escola primária na França foi suspenso depois de ter lido passagens da Bíblia para seus alunos de nove a onze anos de idade.
O professor, de 40 anos de idade, estava trabalhando para uma escola na comuna de Malicornay, região central da França, de acordo com o jornal ‘France Bleu’. Sua atividade de leitura da Bíblia chamou a atenção do diretor da escola, Pierre-François Gachet, depois que um “grupo de pais” escreveu uma carta anônima, queixando-se do incidente.
Os pais acusaram o professor, cujo nome não foi revelado, de “proselitismo”, ou de tentar converter seus alunos às suas próprias crenças religiosas. Como consequência disso, o diretor suspendeu o professor, alegando que o educador “falhou em observar as leis estritas do laicismo na França, que exigem uma educação isenta da religião”.
O conselho escolar nacional está agora conduzindo um inquérito sobre o caso do professor. Gachet disse que os resultados da investigação serão divulgados “antes de meados de março”.
Gachet disse ao jornal ‘La Croix’ que o objetivo da investigação é “determinar se o professor realmente fez uso do proselitismo ou se ele simplesmente agiu com falta de discernimento”.
“No mínimo, ele [professor] mostrou um gosto muito forte pelo ensino religioso”, acrescentou o diretor.
Mas apesar de sua suspensão, o professor conseguiu o apoio de outras autoridades, como o prefeito local, que apontou a decisão da escola como uma “medida desproporcional”, uma vez que o professor sempre foi “muito querido” pelos alunos e pais.
Intolerância
Ao que tudo indica, a divulgação mensagem bíblica não tem levantado “preocupações” apenas na Europa, mas também nos Estados Unidos. É o que mostra, por exemplo, o caso de um garoto que foi proibido de compartilhar versículos bíblicos no horário livre de sua escola, na Califórnia.
“Esta é uma violação clara e grosseira dos direitos de uma criança”, disse Horatio Mihet, advogado do Conselho de Liberdade, que representa o aluno da Escola Elementar ‘Desert Rose’, em Palmdale.
Os pais do menino, Christina e Jaime Zavala, fizeram questão de escrever um bilhete encorajador com versículos bíblicos e deixá-lo no dentro da lancheira do menino todos os dias. Seu filho amou os versículos, tanto que ele começou a ler em voz alta para todos os seus amigos.
Não demorou muito para que as crianças lhe pedissem cópias dos bilhetes e os Zavalas ficaram felizes em saber que teriam de escrever ainda mais versículos para seu filho levar à escola.
No entanto, eles foram forçados a parar de enviar as notas, depois de receberem o telefonema de um professor dizendo-lhes que eles “não estão autorizados a compartilhar essas coisas na escola” e até mesmo o vice-xerife da cidade foi enviado pela diretoria da escola à casa da família para dar-lhes uma “advertência amigável”.
Fonte: Guia-me