Professora cristã na Indonésia (Foto: Portas Abertas)
Professora cristã na Indonésia (Foto: Portas Abertas)

Apesar da Indonésia ser o maior país muçulmano do mundo, a Constituição afirma que os alunos têm direito de receber educação religiosa baseada na fé que ele e seus familiares seguem. No entanto, a experiência de muitos estudantes e professores cristãos é diferente.

Sri Mulyani (pseudônimo) se tornou professora de educação cristã há 40 anos e nunca teve um lugar adequado para ensinar seus alunos. “Usávamos a biblioteca, a sala dos professores e até o pátio da escola para fazer as aulas porque não havia outra opção. Não tenho problemas em ensinar em qualquer lugar, desde que meus alunos estejam à vontade durante o processo de aprendizagem”, explica.

A situação de Sri e de seus alunos contrasta com a realidade de alunos muçulmanos, que têm uma carteira apropriada e uma sala de aula que os abriga do sol e da chuva. Porém, essa é a menor das dificuldades da cristã. Ela também é discriminada e zombada por seus colegas professores.

Um deles questionou Sri por ela receber o mesmo salário que ele, apesar de ter menos alunos. Outra dificultava a aparição da cristã nas fotografias da equipe de professores, sob a justificativa de ela não usar hijab (véu islâmico) e “prejudicar a beleza da foto”.

Firme em Jesus

Sri participou do treinamento da Portas Abertas para resistir à perseguição. “Neste seminário lembrei-me de que se o Senhor Jesus pode nos perdoar. Como seus discípulos, também devemos aprender a perdoar aqueles que foram injustos conosco.”

A cristã trabalha para que o sistema educacional da Indonésia seja mais justo. “Esses estudantes cristãos precisam ser ministrados e orientados. Portanto, espero que mais professores cristãos sejam contratados pelas escolas públicas. Desejo também que as escolas tenham um local adequado para os estudos do cristianismo. Assim os alunos ficarão mais tranquilos na hora de estudar”, conclui Sri.

Fonte: Portas Abertas

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