As escolas públicas dos Estados Unidos dispensaram a religião de sua grade curricular de forma integral. Diante disso, milhões de crianças passaram a confundir os princípios morais, não sabendo separar os valores corretos dos errados.

A fim de reverter esse quadro, a Associação Internacional de Educadores Cristãos, uma organização que encara as escolas públicas do país como “o maior campo missionário da América”, reuniu professores cristãos para capacitá-los a evangelizar nas escolas públicas sem entrar em conflito com a Constituição dos Estados Unidos.

“Nós não estamos falando sobre proselitismo, isso seria ilegal. Mas estamos dizendo que você pode fazer muitas coisas. É um campo missionário onde você pescar de formas diferentes”, disse Finn Laursen, diretor do grupo.

As autoridades norte-americanas têm lutado para mudar o papel da religião no ensino público, colocar limites legais de expressão no discurso dos professores. No entanto, Laursen e seus colegas estão enfrentando uma das questões mais preocupantes na vida americana.

“Eles parecem estar encorajando os professores a cruzarem a linha”, disse Daniel Mach da União de Liberdade Civil Americana, que lutou contra a Associação Internacional de Educadores Cristãos em 2009. “As decisões sobre a educação religiosa das crianças devem ser deixadas nas mãos dos pais e das famílias, e não dos funcionários da escola pública.”

Outros ainda acreditam que há escândalo algum em ver os professores expressarem suas crenças na sala de aula, sejam elas quais forem.

“O que isso realmente significa é um privilégio da maioria”, disse Katherine Stewart, jornalista cujas perguntas sobre o cristianismo na escola pública de seus filhos a levou a escrever um livro de 2012, “The Good News Club,” sobre os esforços cristãos evangélicos ‘para atingir os estudantes na escola.

“Se um professor wicca, muçulmano ou satanista tentasse colocar seus textos sagrados em sua mesa na escola pública, ele provavelmente seria desligado”, disse Katherine Stewart, jornalista e autora do livro “O Clube das Boas Novas”, que fala sobre os esforços dos evangélicos em atingir os estudantes na escola.

Laursen, no entanto, disse que acredita que os professores de todas as fés têm — e merecem — as mesmas proteções constitucionais que os professores cristãos, quando se trata de expressar a religião na escola.

Ele e outros educadores cristãos afirmam que em muitas escolas públicas, há uma certa hostilidade em relação ao cristianismo, comparando-se com as outras religiões. No entanto, observando a lei em termos concretos, a associação deu aos professores cobertura para expressar a sua fé com ousadia.

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Fundada em 1953, a associação publica revistas, produz podcasts e organiza grupos de oração. Ela começou seu programa de treinamento há seis anos, e desde então, centenas de professores participaram das reuniões.

Durante os seminários realizados aos finais de semana, o grupo ensina aos professores que eles têm o direito de orar com seus colegas e alunos durante os intervalos ou na hora do almoço. Antes ou depois da escola, eles também podem conduzir clubes religiosos com os alunos e responder, honestamente, as perguntas dos alunos sobre religião.

Os professores dizem não há problemas em manter uma Bíblia em sua mesa e ensinar sobre o assunto durante a aula, desde que ele se encaixa com o currículo escolar. Os educadores são convidados a testemunhar sobre Jesus agindo de maneira piedosa, para que outros sejam provocados a se perguntar qual a fonte de tanta bondade e compaixão.

Na maioria das semanas, pelo menos 75% dos alunos da escola participam e escutam o que os professores cristãos têm a dizer, e outros estudantes ainda conduzem orações e compartilham seu testemunho. “Eu me sinto extremamente abençoado pelo quanto eu sou capaz de fazer com os alunos”, disse o professor.

Fonte: Guia-me

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