Prédio do Parlamento do Reino Unido iluminado com a cor vermelha em memória dos cristãos perseguidos (Crédito da foto: Aid to Church in Need, Reino Unido / Weenson Oo)
Prédio do Parlamento do Reino Unido iluminado com a cor vermelha em memória dos cristãos perseguidos (Crédito da foto: Aid to Church in Need, Reino Unido / Weenson Oo)

Prédios estão sendo iluminados com a cor vermelha, em um ato de solidariedade às vítimas de perseguição, como parte da campanha Quarta-feira Vermelha.

Em Londres, os edifícios que ficam vermelhos incluem o Ministério das Relações Exteriores e da Commonwealth, a Catedral de Westminster e a residência oficial do Arcebispo de Canterbury, no Palácio Lambeth. 

Em outros lugares, o Mersey Gateway, perto de Liverpool, e o Velódromo Sir Chris Hoy, em Glasgow, também ficaram vermelhos.

A RedWednesday (Quarta-feira Vermelha) é uma campanha liderada pela instituição de caridade católica de apoio aos cristãos perseguidos Aid to the Church in Need (Ajuda À Igreja Que Sofre) para destacar a situação das pessoas que sofrem dificuldades, violência ou discriminação por causa de sua fé.

A campanha ocorre em quatro continentes, começando na Austrália com a iluminação de sete catedrais, incluindo as de Sydney e Melbourne. Milhares de edifícios em Londres, Amsterdã, Lisboa, Praga e Washington DC se juntam à campanha.

Em todo o Reino Unido, 120 edifícios serão iluminados em vermelho, incluindo 13 catedrais. Nas Filipinas, mais de 2.050 igrejas paroquiais participarão de 68 dioceses. 

Nos últimos anos, o Coliseu, em Roma; Abadia de Westminster, em Londres; Cristo Redentor  no Rio de Janeiro; A  Sagrada Família  em Barcelona e muitos outros locais de interesse aderiram à iniciativa.

Aproximadamente 300 milhões de cristãos em todo o mundo vivem em um ambiente onde são violentamente perseguidos, discriminados e impedidos de praticar livremente sua fé.

A quarta-feira vermelha deste ano ocorre depois que um grande relatório do bispo de Truro para o Ministério das Relações Exteriores e da Commonwealth alertou que a perseguição aos cristãos estava atingindo níveis genocidas.

Perseguido e Esquecido?

O relatório da ACN, Perseguido e Esquecido? , alertou recentemente que o cristianismo em partes do Iraque e da Síria está se aproximando do ponto de extinção total após o genocídio realizado pelo Estado Islâmico.

O relatório revelou uma queda dramática na população cristã no Iraque em mais de 90%, de 1,5 milhão antes de 2003 para menos de 150.000 hoje.

A entidade publica neste relatório, o panorama dos cristãos oprimidos por sua fé, no período de junho de 2017 a junho de 2019, graças às informações de cristãos no local, bem como de jornalistas que trabalham para a AED.

É no Sul e no Leste Asiático “que a situação mais se deteriorou para os cristãos”, afirmou o diretor da AED, Benoît de Blanpré, durante uma coletiva de imprensa em Paris. Segundo ele, “três tipos de ameaças” pesam sobre os cristãos nessas regiões: “extremismo muçulmano, nacionalismo agressivo e regimes autoritários”.

A Catedral de Santa Maria, em Sydney é um dos milhares de edifícios iluminados em vermelho. Imagem de Giovanni Portelli Photography

Blanpré citou o assassinato de 22 fiéis nas Filipinas em janeiro de 2019 ou o atentado, no domingo de Páscoa, em três igrejas e hotéis no Sri Lanka (mais de 300 mortos), ataques reivindicados por grupos afiliados à organização jihadista Estado Islâmico (EI). Também denunciou o “ultranacionalismo hindu na Índia”, que provocou “mais de 1.000 ataques” contra cristãos em dois anos.

O diretor também estimou que a Coreia do Norte é “o lugar mais perigoso do mundo para se viver uma vida cristã” e mencionou o caso de “100.000 cristãos birmaneses deslocados”.

Folha Gospel com informações de The Christian Post, JM Notícia e Correio do Povo

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