Três igrejas que estavam sob o domínio do Estado Islâmico, quando os radicais tomaram a capital da Síria em 2013, foram devolvidas para os cristãos este ano. No dia 16 de abril, os sinos voltaram a soar nas igrejas de Raqqa, que há pouco tempo era considerada a capital do Estado Islâmico.
Quando a cidade de Raqqa foi retomada pelas autoridades sírias, o controle das igrejas foi entregue para outras organizações e não para os cristãos locais. Anos se passaram, e a maioria da comunidade cristã, que antes de 2011 era composta por aproximadamente cinco mil cristãos, deixou a cidade.
Restavam apenas 26 seguidores de Jesus em Raqqa no período entre a dominação do Estado Islâmico e a retomada da cidade. Mas, em um vídeo divulgado pelo noticiário The North Press, o cristão local Armen Mardo declarou como a devolução recente das igrejas aos cristãos se tornou “um dia inesquecível”. Armen afirmou que esse é o primeiro passo para o retorno dos cristãos à “bela cidade de Raqqa”.
Sinos da igreja voltam a tocar
“Raqqa é cheia de beleza graças a sua variedade cultural, étnica e social”, acrescentou o cristão. Armen está alegre e afirmou que agora os sinos voltarão a tocar, as pessoas poderão voltar a orar e cultuar a Deus no templo em comunhão.
A cidade de Mosul, no Iraque, também foi abençoada recentemente com uma fagulha de esperança. Uma igreja histórica local foi reaberta no dia 5 de abril deste ano. Um culto de grande celebração reuniu os cristãos locais para cantarem hinos e orarem juntos.
O líder cristão Lois Raphael Sako, que foi alvo de perseguição das autoridades iraquianas em 2023, foi quem conduziu a celebração. A igreja reaberta havia sido ocupada pelo Estado Islâmico em 2014 e foi usada como centro de ações extremistas. Todas as cruzes e símbolos cristãos foram destruídos durante a ocupação.
Culto com mais de 300 pessoas
Mais de 300 pessoas participaram do culto de reabertura do culto, incluindo cristãos, muçulmanos e iazidis (um grupo minoritário que vive em partes do Iraque e da Síria). “Segundo a vontade de Deus, a vida está voltando ao que era em Mosul e as famílias cristãs estão retornando”, disse um dos participantes do culto de celebração.
Louvamos a Deus pelos nossos parceiros no Brasil que oraram e contribuíram para a reconstrução de Mosul e para a cura de nossos nossos irmãos na fé abalados pela invasão do Estado Islâmico. Esses motivos de gratidão são frutos do trabalho de Deus por meio da fidelidade e do amor pela Igreja Perseguida de cada cristão brasileiro.
Celebre e ore para que, em breve, outras famílias cristãs que ainda aguardam o dia em que poderão voltar a suas casas na Síria e no Iraque sejam abençoadas com o retorno ao lar e testemunhas do poder e do amor de Deus no Oriente Médio.
Fonte: Portas Abertas