O rabino-chefe sefardita, Shlomo Amar, quer impedir a realização da parada gay em Jerusalém, marcada para o dia 10 de novembro. Ele afirmou à imprensa que “Jerusalém e todo o povo judeu correm um risco de castigo divino se não impedirem o evento”.
“Iniciativas semelhantes podem ser mais destrutivas para nossos locais sagrados que Nabucodonosor ou Tito”, advertiu o rabino. Nabucodonosor destruiu o Templo de Jerusalém em 586 antes de Cristo, obrigando os judeus a se exilarem. Tito destruiu o segundo Templo de Jerusalém, no ano 76: episódio que também foi seguido pelo exílio dos judeus.
“A ostentação da homossexualidade é um pecado grave, que poderia ser castigado com a expulsão dos judeus da terra de Israel”, afirmou ainda o rabino.
Amar qualificou de “vergonhosa” a iniciativa e afirmou que cabe aos rabinos de Israel e do mundo todo se mobilizarem para impedir que a parada gay se realize.
Por sua vez, o jornal “Maariv” afirma que a polícia de Jerusalém está em alerta para o desfile, que há dois anos foi acompanhado por violências de seguidores religiosos ultra-ortodoxos.
Segundo o jornal, Jerusalém corre o risco de ficar paralisada nesse dia por manifestações de religiosos e colonos de extrema direita.
Fonte: Folha Online