Líderes de comunidades judaicas na Europa reuniram-se em Praga para discutir as dificuldades que enfrentam nas suas comunidades.
Centenas de rabinos ortodoxos reuniram-se em Praga para partilhar dificuldades e procurar ajuda e soluções para os seus problemas.
Em questão estava o problema das conversões ao Judaísmo, um processo bastante mais complicado nesta religião do que, por exemplo, no Cristianismo ou no Islão.
Alguns dos rabinos de comunidades mais pequenas apresentaram, contudo, uma queixa peculiar. É que segundo as regras rabínicas, uma conversão apenas pode ser autorizada se existirem na comunidade todas as condições necessárias para essa pessoa poder levar uma vida devota, que respeite todas as regras da Torah.
Entre outras coisas, a comunidade deve conter os balneários para os banhos rituais, escolas próprias para o ensino da religião e matadouros que respeitem as regras kosher. Para quase todas as actividades religiosas o judaísmo requer um quórum de dez homens judaicos, a que se chama uma Minyan.
O problema, segundo alguns rabinos, é que as suas comunidades apenas teriam Minyan para poder abrir essas instalações caso os potenciais interessados fossem convertidos. Os interessados estão assim num dilema. Não podem ser convertidos porque não há judeus suficientes na comunidade, e não há judeus suficientes na comunidade porque não podem ser convertidos.
Alguns dos rabinos mais influentes prometeram procurar soluções, mas alertaram para os perigos das conversões: “A conversão pode significar a salvação de uma comunidade, ou a sua destruição. Se tudo for feito de acordo com as leis e os costumes, o converso poderá tornar-se o elo mais forte da sua comunidade. Mas se ele continuar a viver como um gentio, passando para os nossos jovens a ideia de que é permissível comportar-se como um gentio, casar-se com um gentio, isso poderá destruir a comunidade”, alertou Pinchas Goldschmidt, o Rabino Chefe de Moscovo.
Entretanto os Judeus russos ficaram a saber que passam a poder consumir Vodka, desde que a destilaria Crystal passou a produzir a “Jewish Standard”, que obedece a todos os critérios de alimentação kosher, e está certificado pelas autoridades judaicas competentes.
Fonte: Renascença