A ONU lembrou nesta sexta-feira a todos os países que não se pode discriminar nenhum refugiado por sua religião, raça ou etnia e que devem assumir as responsabilidades que correspondem sob a legislação internacional.
[img align=left width=300]http://assets0.exame.abril.com.br/assets/images/2012/1/47860/size_810_16_9_viktor-orban-hungria.jpg[/img]”Do ponto de vista das Nações Unidas e desde um ponto de vista moral, os refugiados não devem ser tratados de forma distinta em função de sua religião, etnia ou raça”, disse o porta-voz da organização Stéphane Dujarric, perguntado pelos comentários do presidente húngaro, Viktor Orbán.
Orbán, de visita em Bruxelas, sustentou na quinta-feira que a Hungria tem direito de decidir que não quer um grande número de muçulmanos em seu território e insistiu que “a única resposta” à crise migratória na Europa é reforçar as fronteiras.
O presidente húngaro insistiu hoje nessa linha e defendeu que se não forem protegidas as fronteiras, podem chegar ao continente dezenas de milhões de refugiados.
A Hungria recebeu nos últimos dias várias críticas por sua gestão da crise, entre outras coisas, por levantar uma cerca em sua fronteira com a Sérvia e bloquear a passagem de refugiados que querem atravessar seu território rumo a outros países.
Dujarric lembrou que todos os países têm que assumir suas responsabilidades sob a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados, a norma internacional que garante a proteção das pessoas refugiadas.
Desde Genebra, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), António Guterres, alertou hoje que é necessário criar 200 mil vagas para situar os refugiados que estão chegando à Europa e que o fracasso do continente em dar uma resposta comum à crise só beneficiou as redes de traficantes de pessoas.
[b]Fonte: Exame[/b]