Depois de diversos incidentes de tiroteio em templos e igrejas nos Estados Unidos, o debate sobre se pessoas da igreja devem estar armadas reacendeu.
Carl Chinn, que foi vítima de pelo menos dois tiroteios dentro de organizações cristãs, irá liderar um seminário para diversas organizações em Oak Creek, Wisconsin, para falar sobre o tema.
Chinn é um consultor de segurança de igreja e sugere que membros frequentadores designados da igreja recebam treinamento com arma.
Sua postura não é simplesmente de retaliar, mas sim de proteger a igreja contra os possíveis ataques, depois de suas experiências traumáticas.
Em 1996, Chinn foi mantido refém por um homem armado enquanto trabalhava na Focus on the Family. Nove anos depois, ele estava em meio ao tiroteio da Igreja New Life em Colorado, que deixou duas irmãs mortas e seu pai ferido.
Durante o último incidente, um guarda armado da igreja disparou sua arma e feriu o agressor antes que ele se matasse. De acordo com Chinn, as pessoas foram salvas porque o segurança tinha uma arma.
“Eu acredito que, se um atirador ativo vem – e eu ganhei o direito de ter essa opinião – eu acredito que não há nada como uma arma de fogo para poder parar outra arma de fogo”, disse ele, de acordo com o Huffington Post.
“Eu os aconselho que isso seja uma coisa a fazer com pessoas treinadas, não somente bons homens com armas, mas pessoas que tenham o mesmo nível de treinamento.”
Em fevereiro, o estado do Arkansas aprovou a legislação para permitir o transporte oculto de armas em igrejas. Em julho, ambos os estados Dakota do Norte e Ilinóis fizeram o mesmo.
O debate trás divisão, com uns afirmando que fé e arma não combinam, enquanto outros acreditam que a fé somente não é suficiente, apontando para a violência crescente nas igrejas.
No ano passado, um outro incidente provocou revolta. Um tiroteio no templo de Sikh, da religião monoteísta de sikhismo, matou seis pessoas e deixou quatro feridas.
A ideia do porte de arma com treinamento foi adotada por líderes religiosos que criaram uma instituição para colocar isso em prática.
A Organização Nacional de Segurança da Igreja treina dezenas de pastores com 55 horas de treinamento com armas e cursos necessários para que eles se tornem um guarda de segurança.
Uma pastora evangélica no Kansas aderiu a ideia e seu lema virou “prepare para o pior, mas ore pare o melhor.” Deb Kluttz leva sua pistola na bolsa para os cultos que participa sempre que sente que sua igreja pode ser vulnerável a uma pessoa violenta.
Paul Williams, um padre franciscano de Wilmington,Delaware, teve uma arma apontada para si e vítima de carro roubado, revela como as emoções tomam conta na momento. O padre e os seus paroquianos fizeram uma petição para orar pela vida do criminoso e para pôr um fim à violência.
[b]Fonte: The Christian Post[/b]