A transformação na vida de uma mulher que viveu nas ruas, cumpriu pena de prisão e se tornou viciada foi contada em uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, no último domingo, 02 de abril.

[img align=left width=300]https://i1.wp.com/noticias.gospelmais.com.br/files/2017/04/fantastico-ex-viciada-transformacao-missoes-nacionais.jpg[/img]Silvia foi morar na rua aos nove anos de idade, e logo se tornou assaltante. “Eu era também um daqueles ‘meninos de rua’. Acabei virando chefe de um desses bandos com o decorrer do tempo”, relembrou.

Quando se tornou maior de idade, aos 18 anos, foi presa e condenada a 25 anos de prisão: “Eu tinha oito processos, e fui condenada nos oito” por assalto a mão armada, contou, revelando que passou 25 anos na cadeia.

Ao cumprir sua pena e ser solta, não conseguiu emprego, pois já estava com 43 anos, não tinha sido alfabetizada e não possuía experiência em trabalhos anteriores. Terminou indo trabalhar para o tráfico. “Foi quando eu me viciei. Fazendo crack. Me joguei na droga, e aí, foi a derrota total”, lamenta.

[b]“Bruxa da cracolândia”
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Quando sua fama já se tornava grande novamente, com o apelido depreciativo de “bruxa da cracolândia”, o amor de Deus a alcançou através de um projeto social desenvolvido há anos pela Junta de Missões Nacionais, da Convenção Batista Brasileira.

“Deus é misericordioso. Ele mandou um anjo”, diz Silvia, lembrando da abordagem de uma missionária. “Ela apareceu nas minhas costas, veio devagarzinho, me deu um abraço. E eu fiquei pensando: ‘como que uma pessoa, branquinha, bonitinha, dos olhos verdes, tem coragem de abraçar uma pessoa como eu?’”.

Esse anjo era a missionária Fernanda Toyonaga, que é voluntária do projeto social: “Ver ela naquela situação era muito doloroso, e aí eu queria entender o que acontecia para que uma senhora, naquela idade, estivesse jogada naquela situação”, explicou Fernanda.

Silvia explica que o gesto da missionária foi o passo inicial de sua mudança de vida: “Ela me trouxe esperança, vontade de viver, de ficar em pé”.

[b]Sonho[/b]

Acolhida na “Casa Rosa”, onde acontece a primeira fase do tratamento para os dependentes que aceitam ser reabilitados, Silvia recebeu tratamento médico, completou o Ensino Fundamental e o Médio, e passou a sonhar com voos mais altos.

“Ela se tornou um referencial, porque ela está na faculdade, agora. Tem conquistado um espaço muito bacana”, disse Soraya Machado, sobre o curso de teologia que Silva está fazendo, para realizar o sonho de ser missionária.

“Eu quero ajudar, mas eu quero aprender. Eu quero dar porque estou recebendo muito”, explica Silvia, sintetizando o que o Evangelho significou na prática em sua vida. “Eu consigo sentir o que é ter paz. Eu tenho essa paz hoje. Eu só não sei explicar, mas que eu tenho, eu tenho”, acrescentou.

Ao final da reportagem, Silvia disse: “Isso é o que eu mais quero no momento: que as pessoas descubram que é bom viver. E viver bem”.

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