Três padres católicos foram denunciados por manter relações homossexuais, e filmados em locais gays em Roma, em festas com garotos de programa e durante encontros sexuais com parceiros ocasionais, anunciou hoje a imprensa local.
A investigação, antecipada pela mídia italiana, será publicada na revista Panorama sob o título “As bravas noites dos padres gays”, e comenta que durante 20 dias um repórter se infiltrou, junto a um cúmplice homossexual, em festas de sacerdotes que “conduzem uma surpreendente vida dupla”.
A publicação afirma ter descoberto “numerosos casos” de padres que mantêm uma vida homossexual paralela, e ter encontrado “três em particular”.
Para a produção da reportagem, o jornalista e seu colaborador marcaram alguns encontros com os padres. O primeiro deles foi conseguido através da internet em 2 de julho, dando início às filmagens.
De acordo com a Panorama, um dos prelados rezou uma missa em cima de uma mesa de sua própria casa, na presença do repórter, com a qual a revista sustenta ter verificado que o homem era “efetivamente um padre”. Outro dos envolvidos foi filmado fazendo uma celebração em uma igreja não muito distante de seu apartamento.
A aproximação com o terceiro padre ocorreu por meio de uma sala de bate-papo homossexual. O encontro entre eles foi realizado “diante da igreja de uma missão católica”.
A denúncia é feita alguns dias depois que o Vaticano anunciou que intensificaria as regras que visam a coibir a ocorrência de abusos sexuais entre membros do clero, tornando-as as mais rígidas até hoje.
A partir do segundo semestre de 2009, inúmeros sacerdotes da Igreja Católica passaram a ser alvo de denúncias de crimes deste tipo, a maioria delas contra menores, em diversos países, entre eles a Itália.
Na época, houve pronunciamentos que relacionavam as ocorrências de pedofilia entre padres ao homossexualismo, em contraposição às críticas que pediam o fim do celibato para impedir a disseminação dos delitos contra crianças — postura que foi duramente repudiada por organizações de defesa dos direitos dos gays.
[b]Fonte: Ansa[/b]