Centenas de fiéis participaram ontem em Campo Grande do aniversário de um ano da Imagem da Nossa Senhora de Fátima que verte mel. Conhecida como a Santa do Mel, os festejos iniciaram às 9h com a Oração de nove mil “Ave Maria”.
Às 15h, os padres Pedro e Roosevelt Sá Medeiros, da Igreja Católica Apostólica Brasileira, celebraram uma missa. Em seguida, iniciaram a procissão que percorreu as ruas do bairro Jardim Alegre, retornando ao Santuário montado na casa do proprietário da Santa, o empresário José Rezek.
Os participantes da festa receberam um pedaço de um bolo que tinha dois metros, feito especialmente para a data. Com a ajuda de 12 fiéis, a família de Rezek preparou lanche aos visitantes. Na última terça-feira, dia da Nossa Senhora de Fátima, foram distribuídos 1.400 terços.
A imagem de Nossa Senhora de Fátima começou a verter mel no dia 16 de maio do ano passado. De lá para cá, a família de Rezek construiu na residência um Santuário, onde diariamente ocorre uma romaria de fiéis em busca de curas e milagres. Todas as graças alcançadas pelos fiéis são registradas em livros para que os demais visitantes possam ler.
Nesse período várias foram as propostas recebidas pela família, inclusive de fiéis chilenos e portugueses que ofereceram aos Rezek mudar para seus países, querendo que a Santa fosse operar milagres por lá.
Igreja
Na tarde de quinta-feira, a Arquidiocese de Campo Grande emitiu uma nota orientando os fiéis que o local não é considerado um Santuário e de que as celebrações lá feitas não são reconhecidas como missa. A nota reforça ainda que Roosevelt Sá Medeiros, que tem feito celebrações na residência, não é mais sacerdote. Ele foi afastado do Ministério.
A nota oficial esclarece ainda que a Arquidiocese demonstrou interesse em acompanhar o mistério da Santa, mas a família não permitiu que acompanhassem de perto.
O padre Alberto Wiese, da Paróquia São João Batista de Dourados. De acordo com ele, este tipo de romaria feito pelos fiéis demonstra a fé em Cristo, mas não acredita que uma Imagem possa verter mel e que a família não tem o direito de criar um Santuário particular.
Fonte: Jornal O Progresso