Um dos membros da seita apocalíptica “A autêntica Igreja Ortodoxa Russa”, que espera a chegada do fim do mundo em uma caverna, afirmou que duas mulheres morreram durante o período em que ficaram enclausuradas, informação que as autoridades da região russa de Penza tentam verificar.

“Para confirmar a informação precisamos certificar juridicamente a morte, e só poderemos fazer isto quando todos os sectários abandonarem a caverna”, declarou Anton Sharónov, secretário de imprensa do governo de Penza citado pela agência oficial RIA Novosti.

Segundo Vitali Nedogon, uma das 24 pessoas que já deixaram a caverna, “uma mulher morreu de câncer e a outra, uma bielorussa, de inanição”.

Sharónov afirmou que as autoridades continuarão acreditando que ainda há onze pessoas na caverna até que as mortes sejam confirmadas.

“O próprio Piotr Kuznetsov – líder da seita – elaborou uma relação com o nome das pessoas que estão sob a terra.

Posteriormente, a polícia comprovou que estas pessoas não estavam em suas casas”, declarou.

Em novembro, 35 membros da seita “A autêntica Igreja Ortodoxa Russa” se fecharam em uma caverna na região de Penza, cerca de 600 km a sudeste de Moscou, para esperar a chegada do fim do mundo.

No final de março e princípio de abril, 24 sectários, entre eles quatro crianças, saíram para a superfície após alguns desmoronamentos de terra.

No dia 26 de março, os adeptos da seita anunciaram sua intenção de abandonar a caverna no dia 27 de abril, quando é celebrada a Páscoa Ortodoxa na Rússia.

No período debaixo da terra os sectários guardaram mantimentos, água e vários bujões de gás e galões de gasolina, com quantidade suficiente para resistir até o final deste mês, quando, segundo eles, deve acontecer o Apocalipse.

O líder da seita é um engenheiro de 43 anos que teve esquizofrenia diagnosticada após afirmar que era um profeta e que recentemente anunciou a iminente chegada do Anticristo.

Um grupo de psiquiatras da Promotoria russa disse que Kuznetsov, preso pela Polícia em novembro, sofre de “demência”.

Kuznetsov, que há poucos dias tentou se suicidar, poderia ser condenado a três anos de prisão tanto por criar uma organização religiosa por meios violentos, como por incitar o ódio religioso e manter a posse de literatura extremista.

Os membros da seita são, na maior parte, mulheres procedentes da Belarus e da Ucrânia.

As autoridades definem o grupo como “uma seita ortodoxa radical e apocalíptica”.

Fonte: EFE

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