Pedrinho Matador foi assassinado (Foto: Reprodução/Podcast Flow-Verso)
Pedrinho Matador foi assassinado (Foto: Reprodução/Podcast Flow-Verso)

O assassino em série Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, conhecido pela alcunha de Pedrinho Matador, foi morto a tiros na manhã deste domingo (5), em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada tanto pela Polícia Militar quanto pela Polícia Civil de São Paulo.

Pedrinho, que já tinha sido condenado por dezenas de assassinatos cometidos ao longo das últimas décadas, teve o corpo encontrado por volta das 10h. Ele estava em uma calçada quando dois homens teriam passado atirando de dentro de um carro preto. Quando a polícia chegou ao local, o assassino em série já estava morto. Ninguém foi preso.

Antes de ser morto, o serial killer Pedro Rodrigues Filho, de 69 anos, mais conhecido como Pedrinho Matador, se converteu e foi batizado em uma igreja evangélica.

A ligação com a fé aconteceu em 2021, mesmo ano em que ele foi batizado na Igreja Santidade e Arrependimento.

A conversão do matador em série mais famoso do Brasil aconteceu três anos após ele conquistar a liberdade. Em 2018, Pedro deixou a prisão mesmo tendo mais de 400 anos de condenação.

Nas redes sociais, ele já se identificava como “ex-matador” e falava sobre a vida do crime em podcasts disponíveis no YouTube. Em um deles, ele diz que se sentia perdoado por Deus pelos crimes que tinha cometido.

– Deus já me perdoou, eu só não posso fazer mais nada. Se eu fizer, terei um castigo dobrado, porque agora eu estou ciente, antes eu não tinha conhecimento [da Palavra de Deus]. Se eu tomar um copo de cachaça, fumar um baseado, eu estou perdido, porque eu agora estou sabendo [que é errado] – afirmou.

Na entrevista, ele diz que agora ele sabe que o inferno existe e que resolveu se apegar com Deus para não errar mais.

Pedrinho Matador

Pedrinho vivia em liberdade na cidade de Mogi das Cruzes após passar mais de 40 anos preso. Ele dizia ter matado mais de 100 pessoas ao longo da vida, incluindo o próprio pai. O assassino em série foi preso pela primeira vez em 1973, conseguiu a liberdade em 2007, mas voltou para a prisão quatro anos depois para cumprir mais duas penas. Saiu da cadeia em 2018, aos 64 anos, sem mais pendências com a Justiça.

O primeiro crime de Pedrinho foi cometido quando ele tinha apenas 13 anos. O serial killer afirmou que empurrou um primo no moedor de cana e depois o picou com um facão. Cerca de um ano depois, aos 14, Pedrinho matou o vice-prefeito de Alfenas, também em Minas Gerais, por demitir seu pai.

Como justificativa para os crimes, Pedrinho dizia que matava “pessoas que não prestavam”. Entre as vítimas, estavam estupradores e traidores. O homem dizia que não aceitava algumas condutas criminosas. O assassino em série também dizia nunca ter assassinado crianças, mulheres e pais de família.

Uma das vítimas de Pedrinho foi o próprio pai. Quando o assassino confesso tinha 20 anos, o pai dele foi cumprir pena no mesmo complexo prisional em que ele estava, por assassinar a mãe do serial killer com 21 golpes de facão. Pedrinho o matou com 22 golpes de faca. Ele teria ainda arrancado e mastigado um pedaço do coração do genitor.

– Eu matei meu pai na cadeia. Estava preso já, fiquei 42 anos preso. Meu pai estava preso, arrumei um “bem bolado” e cheguei até a cela do meu pai. Eu falei no caixão da minha mãe e jurei vingança. Eu só mastiguei [o coração]. Cortei o bico do coração e mastiguei, e joguei em cima do corpo – contou Pedrinho, durante participação em um podcast.

Recentemente, Pedrinho passou a publicar conteúdos nas redes sociais se dizendo um “ex-matador”. Há cerca de um ano, ele publicou nas redes sociais as cenas de um batismo e anunciou que tinha se convertido evangélico. O último vídeo postado do canal do YouTube de Pedrinho foi publicado há dois dias.

Fonte: Pleno.News

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