O pastor Silas Malafaia (foto) disse que não apoiará nenhum candidato no primeiro turno, mas que irá ajudar qualquer candidato contra Fernando Haddad (PT) se ele for para o segundo turno.
Adotando uma postura diferente de outros conhecidos líderes evangélicos, o presidente da Assembleia de Deus do Ministério Vitória em Cristo, pastor Silas Malafaia, afirmou que não apoiará nenhum candidato à prefeitura de São Paulo no primeiro turno das eleições, e que apenas declarará apoio ao adversário de Fernando Haddad (PT) no segundo turno, caso o petista chegue a esta etapa da disputa na capital paulista.
“A comunidade (evangélica), os líderes não vão dar refresco (para Haddad). Vamos cair em cima dele”, disse Malafaia ao Terra.
O posicionamento de Malafaia é reflexo da rejeição que o kit anti-homofobia proposto por Haddad quando ainda era ministro da Educação teve com a comunidade evangélica. O material, apelidado como “kit-gay”, tinha como objetivo o combate à discriminação sexual nas escolas públicas de todo o Brasil, mas gerou revolta de diversos setores da sociedade, principalmente a comunidade evangélica, por ser considerado ofensivo.
Segundo Malafaia, o posicionamento não é contrário ao PT, partido de Haddad, mas sim ao candidato.
“Não satanizo partido político”, afirmou o pastor, que citou sua boa relação com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) como forma de dizer que não veta relações com a sigla. “Quem tem ideologia política é candidato e eu não sou candidato a nada.”
[b]Procurado[/b]
Para evitar grandes desgastes, como em 2010 durante a campanha presidencial, quando o pastor apoiou José Serra (PSDB) na disputa com a atual presidente Dilma Rousseff (PT), o pastor afirma que se envolverá pouco em assuntos políticos neste ano. “Tô fugindo disso como o diabo foge da cruz”, brincou.
No Rio de Janeiro, o pastor já manifestou seu apoio ao atual prefeito e candidato à reeleição Eduardo Paes (PMDB).
Apesar de não querer apoiar nenhum dos candidatos em São Paulo por conta do “grande número de compromissos”, Malafaia foi sondado por representantes das campanhas de José Serra (PSDB) e Gabriel Chalita (PMDB).
[b]Fonte: Portal Terra[/b]