No encontro com os participantes do sínodo da Amazônia, neste sábado (26), o papa Francisco anunciou a abertura de uma seção amazônica dentro da estrutura administrativa da Santa Sé.
O evento foi um dos últimos do encontro religioso no Vaticano, que começou no início do mês e se encerra neste domingo.
A seção amazônica ficará sob a responsabilidade do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, um dos dos 56 setores da Cúria Romana, que compreende as instituições administrativas da Santa Sé.
O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral foi criado pelo papa Francisco em 2016, cuida de “questões referentes a migrações, necessitados, doentes, excluídos, marginalizados e as vítimas de conflitos armados e das catástrofes naturais, os presos, os desempregados e as vítimas de qualquer forma de escravidão e tortura”.
No mesmo pronunciamento, o papa fez uma menção à adolescente sueca Greta Thunberg, que liderou manifestações em setembro, que reuniram milhões de pessoas pelo mundo, sobre mudanças climáticas. Francisco lembrou que os jovens exibiram cartazes dizendo que o “futuro é nosso”, demonstrando consciência com a gravidade da questão ambiental.
Neste sábado, foi apresentado um relatório aprovado pela assembleia dos padres sinodais, que agora será analisado por Francisco.
O parágrafo 82 propõe a criação do “pecado ecológico como uma ação ou omissão contra Deus, contra o próximo, a comunidade e o ambiente”.
“É um pecado contra as futuras gerações e se manifesta em atos e hábitos de poluição e destruição da harmonia do ambiente, transgressões contra os princípios da interdependência e a ruptura das redes de de solidariedade entre os seres vivos e contra a virtude da justiça.”
Fonte: Folha de S. Paulo